Leia trecho inédito de diário escrito por Renato Russo

Renato Russo (1960 – 1996) foi uma das maiores vozes da música brasileira e talvez o último porta-voz de uma geração. Sua música embalou histórias de amor e foi também trilha sonora para as tragédias da vida. Com a Legião Urbana, ele foi eleito por seis vezes consecutivas o melhor cantor do ano. Com a morte do cantor, em 1996, vítima da aids, uma trajetória cheia de vícios e exageros veio à tona.

Os excessos de Renato com drogas e álcool o levaram a um rehab de 37 dias na clínica Vila Serena, no Rio de Janeiro, em 1993. Inicialmente, deveria permanecer na reabilitação por apenas 29, mas seu quadro era complicado demais. “Vinte e nove acabou se transformando em uma canção do disco O Descobrimento do Brasil, lançado no final daquele mesmo ano. O álbum traria ainda outra faixa sobre a superação dos vícios: “Só por hoje”.

Os dias que Renato Russo ficou internado serviram também de base para um diário, que será lançado no próximo dia 15 pela Companhia das Letras. Só por hoje e para sempre é o retrato de um anjo caído. No texto, o cantor fala de seu “amor platônico” pelo ex-companheiro de banda Dado Villa-lobos e sua relação com um catador de lixo norte-americano, suspeito de ter transmitido o vírus do HIV.

Renato comenta ainda a sua relação com a família e comenta sobre a culpa que sentia por estar “chapado” quando o filho sofreu um choque anafilático e quase morreu. O ex-líder da Legião Urbana também levanta a delicada questão de que o trabalho que dava aos pais tenha sido o motivo do infarto sofrido pelo pai.  

Leia aqui um trecho de Só por hoje e para sempre.

Legião Urbana – Só por hoje

Legião Urbana – Vinte e nove

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