O futebol não é um tema recorrente na alta literatura, sempre deixado de lado, colocado para escanteio. Escritores como Marcelo Backes – que tem no currículo traduções de Kafka e Goethe – e Nelson Rodrigues – torcedor do Fluminense – quebraram essa barreira e elegeram o gramado como cenário. Mas ninguém parece ter se lembrado do fim trágido da taça Jules Rimet, roubada em 1983 da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por bandidos que a repassaram a um argentino – que a derreteu e vendeu seu ouro.

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E é justamente esse o ponto de partida de Jules Rimet, meu amor, folhetim escrito por Sérgio Rodrigues para o jornal francês “Le Monde”. Os 24 pequenos capítulos são publicados todos os dias – exceto às sextas-feira – e foram criados depois que o correspondente internacional do jornal no Brasil, Nicolas Boucier, leu o romance O Drible, publicado por Sérgio no ano passado.

Segundo o que disse o autor ao jornal carioca “O Globo”, o formato do folhetim é “engessado” e precisa ter no máximo 33 mil caracteres. Os brasileiros poderão comprar o texto pelo site da Companhia das Letras, no formato e-book, em quatro “volumes”, cada um com seis capítulos. As vendas começaram no dia 23 de junho e nas próximas três segundas-feiras uma nova edição deve estar disponível.  

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