Haruki Murakami e Ian McEwan eram os favoritos para o Prêmio Princesa das Astúrias deste ano. A honraria, porém, ficou com o escritor cubano Leonardo Padura, conhecido pelo seu “diálogo da liberdade”.

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Dário Villanueva, júri da premiação, afirmou durante o anúncio, que Pandura “mostra os desafios e os limites da busca pela verdade”. A escolha do escritor de 59 anos mostra que, após o fim do embargo político e econômicos dos EUA sobre a ilha dos irmãos Castro, Cuba está retornando aos holofotes culturais internacionais.

Outro aspecto interessante da escolha de Leonard Pandura é a dissolução da imagem da literatura policial como subgênero – ainda que nomes como Cortázar, Borges e Bolaño tenha desmentido essa espécie de ‘teoria da conspiração’. Parte da obra de Pandura é centrada no detetive Mario Conde.

“Aprendi com Hammett, Chandler, Vázquez Montalbán e Sciascia que é possível que um romance policial tenha relação com o ambiente de um país”, disse Pandura em comunicado. 

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