Quando publicou Só garotos, em 2010, Patti Smith passava por dificuldades financeiras e reclamava que já não recebia os direitos por suas canções. Deixada de lado pelo público, mas ainda idolatrada por nomes importantes da música, Patti voltou a excursionar depois que seu livro de memórias se transformou em best seller e viajou não para – somente – cantar, mas para ler trechos da obra. A continuação de sua própria história deverá ser publicada em outubro e se chamará M. Train.

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Com lançamento brasileiro programado para o primeiro semestre do ano que vem, o volume sairá pela Companhia das Letras e será focado no trabalho musical de Smith e a relação com a família, Só garotos era uma espécie de tributo a Robert Mapplethorpe, amigo e resposável por diversas fotos de Patti, inclusive a capa do álbum Horses (1975), considerado um dos pilares do punk.

Mapplethorpe morreu em 1989 em decorrência de complicações causadas pela aids. À época, a amiga havia prometido que um dia contaria a história da dupla, suas peripécias por Nova York e a busca pela fama. A morte de Robert afetou profundamente a cantora, que se sentia culpada por ter abandonado o amigo à própria sorte enquanto o sucesso batia a sua porta.

O relato venceu diversos prêmios literários, entre eles o National Book Award for Nonfiction e foi finalista do National Book Critics Circle Award.

Memórias

Na última década astros do rock têm ocupado a lista de livros mais vendidos com suas memórias. Eu sou Ozzy, que conta a trajetória do vocalista do Black Sabbath, Ozzy Osbourne, Vida, autobiografia de Keith Richard, guitarrista do Rolling Stones, e Autobiography, do cantor inglês Morrissey, encabeçaram o top 10 em vários países.

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