Não é de hoje que a literatura paranaense tem seus trabalhos reconhecidos. Mas a surpresa revelada nesta segunda-feira (02), com a divulgação do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, é muito grata. Cinco autores locais estão entre os finalistas: o jornalista e editor do jornal literário Rascunho concorre na categoria “romance” com seu livro de estreia, Na escuridão, amanhã; Luís Henrique Pellanda e Cristóvão Tezza – que não é paranaense, mas adotou o estado e o chama de “seu” – concorrem com Asa de Sereia e Um Operário de férias, respectivamente, na categoria “contos e crônicas”.

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Outros dois paranaenses concorrem na categoria “poesia”. Guilherme Gontijo Flores está na dispura com Brasa enganosa e Rodrigo Garcia Lopes concorre com Estúdio realidade.

Considerado um dos maiores prêmios literários na língua portuguesa, o Portugal Telecom já teve entre os vencedores o curitibano Dalton Trevisan, que dispensa qualquer apresentação, com o livro de contos O Anão e a ninfeta, em 2012.

De casa

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Em 2008, com o celebrado (e já célebre) romance O Filho eterno, Tezza foi o grande vencedor do prêmio. Dalton também já é de casa no Portugal Telecom: Macho Não Ganha Flor recebeu o láureo em 2007 na categoria “contos e crônicas”. Na ocasião, como era de se esperar, o Vampiro não foi e que o representou foi uma das diretoras de sua editora.

 O texto do autor, uma espécie discurso de agradecimento, deixava claro que sua presença não era necessária ali, pois o que vale é a obra e não o autor. Quando da primeira edição, em 2003, Trevisan também levou a melhor e Pico na veia recebeu o prêmio na mesma categoria que seus predecessores.

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Outro notável paranaense na briga pelo prêmio de melhor romance foi Miguel Sanches Neto, que em 2013 concorreu com seu livro A Máquina de madeira. A edição de 2011 também guardava outro paranaense de coração: José Castello, com seu romance Ribamar, uma espécie de autoficção, que mescla a Clarice e Kafka em um só texto.