Na última quarta-feira (22), o jornal britânico The Guardian revelou algo alarmante – para nós brasileiros. O levantamento do International Publishers Association (IPA) coloca o Reino Unido como primeiro lugar em número de livros publicados para cada milhão de habitantes. Segundo a pesquisa, na terra da Rainha são publicados 2.875 livros para cada milhão de pessoas. Em segundo lugar está Taiwan e Eslovênia com 1.831 e os Estados Unidos com 959.

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O IPA averiguou que no Brasil o número é, no mínimo, preocupante: 104. Para se ter uma ideia, na Argentina, que também teve resultado aviltante, são publicados 614 novos títulos a cada milhão de pessoas. De forma prática, o Brasil está 31° no ranking mundial, ficando à frente somente da África do Sul (68) e Palestina (19). Até mesmo a Indonésia obteve resultado superior, com 119 obras.

A situação fica ainda pior se analisarmos que esse número pífio significa ainda crescimento de 1%, em relação a 2012.

América Latina

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A mesma pesquisa revelou ainda que, dentre os países latino-americanos, o Brasil é o que mais publicou em 2013. Fora, no total, 85.809 obras registradas, em 2013. Isso significou um crescimento de mero 0,5%. Na Argentina, que ficou em segundo lugar, foram publicados no ano passado 27.757, ou seja, crescimento, de 0,3%.

Em pratos, limpos isso significa que o Brasil ainda é um dos países com menor nível de publicação – não estamos falando em qualidade -, apesar do recente debut na Feira de Frankfurt e outros importantes eventos do setor. Outro ponto importante a ser levantando é o baixo nível de leitura.

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Esse talvez seja um reflexo da educação brasileira, que também atinge resultados pífios em um ranking global. Um levantamento do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado em 2012, deixou o país em 55° lugar.