A questão das biografias é algo que trouxe uma discussão gigantesca no ano passado. Grupos a favor e contra a publicação não autorizado dos livros que contam a história de importantes personagens da história brasileira – e mundial – defenderam seus pontos de vista, e o que conseguimos? Até agora nada. Literalmente, nada mudou e as biografias continuam a ser publicadas sem muitos problemas.

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Mas e o que falar de biografias de quem não tem o que dizer? O lançamento recente da biografia de Neymar coloca em xeque a validade das publicações aleatórias. Independentemente de seu talento entre as quatro linhas, o atleta não tem exatamente o que contar. Essa é uma forma de aproveitar os holofotes sobre o jogador e explorar os números do mercado editorial.

Se pensarmos nas Copas anteriores, quem era o ídolo brasileiro? Ronaldo. Tínhamos livros contando a sua vida? Não. O que era possível comprar não passava de um boneco, uma camiseta, um pôster e coisas do gênero. O amadurecimento do público – no sentido de poder de compra – não significa que as escolhas dos títulos são melhores, significa apenas que as livrarias são alimentadas de forma inebriada pela etiqueta de preços.

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