A Copa e a literatura

Nem todo mundo lucrou com a Copa do Mundo. Comerciantes que acreditavam na vitória do Brasil foram surpreendidos pelo resultado pífio; quem não acreditava, foi surpreendido pela surra que a seleção levou dos alemães. A editora paulista Lote 42 havia prometido 10% de desconto para cada gol que o Brasil sofresse. Em outras palavras: depois do embate com a Alemanha, os livros estavam com 70% de desconto.

A empresa, que é pequena e tem pouco mais de um ano, era ainda desconhecida e com pouca visibilidade. Era. Pouco a pouco a notícias de que um site oferecia descontos vultosos correu as redes sociais e – três horas depois do fim da partida – o estoque da Lote 42 estava zerado. Mas há um lado positivo em tudo isso: a editora tinha no máximo seis mil curtidas no Facebook. O número foi dobrado após os descontos.

O número de acessos à loja virtual da editora foi tão alto que o site ficou fora do ar. A ideia, que era promover a marca, deu certo – um pouco às avessas – e agora esse é um dos assuntos mais comentados na internet. A investida “contra” o Brasil foi ousada e quem sabe fique para a história das copas e do mercado de livros.