Hoje a gente vai falar de um assunto que tá na boca do povo: a doação de órgãos. E que bom que tá todo mundo comentando, porque a gente precisa mesmo falar sobre isso. Apesar de ter muita informação disponível, também tem muita crendice e desconhecimento a respeito desse tema.
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Semana passada eu conversava com uma amiga, que trabalha na área de transplantes de um hospital de referência de Curitiba. E ela me contava, emocionada, o quanto a pessoa que recebe o órgão fica agradecida, o quanto uma vida pode ser mudada com esse gesto altruísta. Na teoria não tem erro: a doação de órgão salva vidas, é um ato de amor e caridade. Só que na prática, apesar de a maioria achar uma atitude nobre, não há tantos doadores assim.
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Isso porque costumamos falar sobre doação em momentos de dor, de doença, quando as pessoas e suas famílias estão vulneráveis e não querem falar sobre o assunto. E ainda há os que acreditam que, se doarem, o corpo vai ficar retalhado, a família que não sabia da vontade do seu ente querido e acaba recusando a doação quando é notificada ou os que seguem suas crenças religiosas… enfim, tem muitos fatores que dificultam a doação. Isso explica porque o Brasil, apesar de ser uma referência mundial em transplante de órgãos, ainda tem poucos doadores. Aqui no Paraná, por exemplo, a cada um 1 milhão de pessoas, 42 doaram seus órgãos. Isso faz com que a lista de espera de transplantes só aumente.
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A doação de órgãos foi muito comentada esses dias, até por causa da situação do Faustão, que teve repercussão nacional. Lendo sobre o assunto, vi que a nossa lista de espera aqui no Paraná tem perto de 3.500 pessoas. Se a gente tivesse uma cultura de doação, mais pessoas poderiam ter sua vida salva, as filas seriam menores e a esperança maior. Por isso achei importante compartilhar com vocês, por aqui, alguns esclarecimentos sobre o tema.
O que fazer para ser um doador? O que eu posso doar?
Será que realmente a doação vai para quem mais precisa?
Essas são perguntas e medos que sempre passam pela cabeça das pessoas e que não podem ficar sem respostas se queremos disseminar uma cultura de doação. Pensando nisso, listei aqui alguns esclarecimentos que, na minha opinião, são essenciais sobre o tema:
- Para começar, se você quer ser um doador, é preciso apenas informar sua família e as pessoas mais próximas de que esse é seu desejo;
- O que a gente pode doar? Sangue, medula óssea, coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado, córneas, pele, ossos e tendões. Ou seja, muita gente pode ser beneficiada por um único doador;
- E mais um esclarecimento: a gente não precisa doar só quando morre. É possível doar em vida. A doação de medula óssea, de rim e de parte do fígado podem ser feitas em vida;
- Todo o processo de seleção dos receptores que serão beneficiados é transparente e fiscalizado tanto pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde quanto pelas Centrais Estaduais de Transplantes. E os receptores da doação são escolhidos com base em vários critérios, como a gravidade da doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo e compatibilidade com o doador.
E gente, a doação de órgãos é um ato de amor, de caridade, que pode dar um novo começo para alguém, uma nova vida. Então pense com carinho sobre isso e bora “causar” espalhando essa ideia e fazendo o bem!