Brincar ajuda (e muito) na saúde mental

Foto: Deposit Photos

Nesta semana que a gente comemora o aniversário do estatuto da criança e do adolescente, o ECA, vamos falar de um direito fundamental: o de brincar. E dentre tantos direitos fundamentais, escolhemos o direito de brincar, porque também tem tudo a ver com a saúde mental, que vem sendo um grande problema enfrentado por crianças, jovens e suas famílias.

Eu me lembro das brincadeiras que eu mais gostava na infância: pega pega, esconde-esconde, bandeirinha, queimada, pular corda, patinar, jogar amarelinha, pular elástico, patinar, andar de bicicleta… Brincar era bom demais! E mesmo sendo tão bom, por que será que as crianças estão brincando menos?

É fato que as crianças estão brincando menos

Hoje a gente vê as crianças muitas vezes cheias de brinquedo, mas presas ao celular, aos jogos eletrônicos e brincando cada vez menos com outras crianças. E se você é pai, dindo ou dinda, tio ou tia, precisa saber que celular é DISTRAÇÃO, mas não pode ser considerado uma brincadeira, porque não tem os benefícios da brincadeira.

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Uma pesquisa realizada recentemente, mostrou que 40% das crianças têm uma hora ou menos por dia para ficar ao ar livre. Essa mesma pesquisa revelou que 64% dos pais percebem que seus filhos brincam menos que eles na infância. E 95% desses pais atribuem a escassez do brincar à diminuição de espaço físico (casas cada vez menores) e ao avanço das tecnologias. Com isso, o que a gente vê de fato é uma gurizada cada vez mais ligada no mundo virtual e desconectadas do mundo real, das pessoas.

E como o brincar se relaciona com a saúde mental?

Brincar é terapia. Para explicar melhor, vou contar duas histórias que eu conheci conversando com a minha amiga Cris da Serpiá. A Serpiá é uma ONG que cuida da saúde mental de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e emocional.

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E a primeira história que a Cris me contou, foi a de uma criança autista que falou pela primeira vez aos 9 anos de idade, depois de passar por um tratamento na brinquedoteca da instituição. Hoje essa criança já é jovem, tem blog, grava vídeos pro Youtube e se terapeutizou brincando.

Outro caso, é o de um jovem que cometeu uma infração e foi penalizado, mas que nunca se abria nas sessões de terapia. Depois de brincar com jogos de cartas e tabuleiros, começou a falar de suas dores, seus medos, seus conflitos, se soltou e progrediu muito no tratamento.

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Então, quando uma criança brinca, ela está aprendendo a lidar com suas dores, dificuldades, aprende a ganhar e perder, a lidar com a frustração, a interagir com outras pessoas, seguir regras e a ser cidadão.  Tudo isso, enquanto se diverte. Brincar traz muitos benefícios. Inclusive, pais que brincam com seus filhos, criam vínculos afetivos muito mais fortes. A criança nunca esquece esses momentos de prazer, porque brincando ela se sente amada, importante e feliz.

E o que você pode fazer por essa causa?

Tem brinquedo em bom estado aí na sua casa, que as crianças cresceram e não usam mais? Então doe para a Serpiá. Lá eles atendem mais de 200 crianças por semana, então os brinquedos se desgastam, precisam ser repostos. Além disso, você pode ser voluntário na ONG, pode ajudar com recursos financeiros, pode apadrinhar o tratamento de uma criança ou jovem. São muitas formas de ajudar. Aqui vão os contatos pra você poder conhecer melhor o trabalho da instituição.

Serpiá: https://serpia.org.br/ e Instagram: @serpiaserpia – fone 3015 2045

Então, minha gente, nessa semana de aniversário do Estatuto da Criança e do adolescente, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para garantir a elas esse direito fundamental que é o de brincar.

Bora causar o bem?

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