Quando buscamos “quero adotar” no Google, o resultado são vários sites e páginas de adoção de animais. Adotar um pet é sem dúvida um ato nobre, mas hoje o convite é para refletirmos sobre a adoção de pessoas. Estamos falando de gente, de vidas que podem ser transformadas. E esta é a Semana Nacional da Adoção.
A adoção é uma forma de transformar vidas, oferecendo amor, proteção e estabilidade para crianças e jovens que passaram por situações difíceis de abandono e todo tipo de violência. Adotar uma criança ou um jovem é dar uma oportunidade para que eles possam ter um lar afetuoso, crescer e se desenvolver com segurança.
Lindo na teoria. Mas e na prática, como é o processo de adoção no Brasil? Se você são sabe muito sobre o assunto (assim como eu, antes de escrever esta coluna), já deve ter ouvido falar sobre a tal da fila da adoção, sobre o quanto pode ser difícil e até burocrático adotar uma criança. Então vamos aos fatos.
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Sim, é verdade que a fila da adoção pode demorar. Segundo dados do Serviço Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), há quase 50 mil famílias aguardando por uma criança, enquanto há apenas 3,7 mil crianças e jovens aptos a serem adotados. É claro que a conta não fecha, por vários motivos, e os principais são:
- Há um grande esforço das autoridades e instituições para reintegrar a criança ou jovem à família de origem. Isso leva algum tempo;
- Os trâmites processuais e jurídicos, podem ser demorados;
- Boa parte das pessoas que querem adotar tem preferência por crianças brancas, de até dois anos de idade, que não possuam doenças, deficiências físicas ou mentais.
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Esses fatores fazem com que o tempo de espera por uma criança dure em média seis anos. E apesar de todas as precauções existentes para que o processo seja o mais responsável e consciente possível, ainda há casos de famílias que adotam e devolvem as crianças, especialmente quando se trata de uma adoção tardia (quando a criança tem mais de 5 anos de idade). Essa situação pode gerar consequências indesejáveis e traumatizar os envolvidos. Por isso, se você está pensando em adotar, aqui vão duas dicas importantes.
Primeiramente, procure a vara da infância da sua região, lá você será informado de todas as condições necessárias. E, caso esteja decidido pela adoção, participe de cursos e encontros de preparação.
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O trabalho feito pelas ONGs para apoiar esse processo, como o acolhimento das crianças, a orientação para as famílias e possíveis adotantes, é essencial. E você também pode ajudar essa causa apoiando uma dessas organizações! Te convido a conhecer o trabalho da Fundação Solidariedade e da Recriar e a ajudar essa causa destinando parte do seu Imposto de Renda, doando alimentos, roupas ou seu tempo.
E concluo aqui, enfatizando que a adoção pode trazer muita alegria para uma família e que dar a uma criança a oportunidade de construir um futuro melhor. Adotar é dar uma oportunidade para o amor, um amor pra vida toda!
Até a próxima.
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