Garotada de férias, friozinho lá fora… A combinação perfeita pra que os jovens passem mais tempo na frente das telas. Só que ficar tempo demais na frente do computador ou do videogame pode trazer problemas, sabia?

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Vocês acreditam que uma criança na fase da pré-escola passa cerca de 3 horas diante das telas, que uma criança de ensino fundamental passa em média 5 horas e um jovem do Ensino Médio, 8 horas ou mais? É muito tempo!

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E esse tempo excessivo pode causar graves problemas para a aprendizagem, concentração, interação social, saúde mental e física. Peguemos como exemplo os videogames. Difícil achar quem não goste. Os games liberam hormônios do prazer, a sensação de recompensa, de desafio e por isso são potencialmente viciantes. Não foi à toa que Organização Mundial de Saúde incluiu distúrbio de games como transtorno mental que requer tratamento especializado.

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Me lembro bem da época que o Atari foi lançado e dos meus pais escondendo o cabo que ligava o game à tv para que eu e minhas irmãs fizéssemos as lições da escola. Quarenta anos depois isso não mudou, pelo contrário. A nova geração passa bem mais tempo diante das telas e dos jogos se distraindo e deixando de fazer outras coisas mais benéficas à saúde e ao bem-estar.

Como descobrir se um hábito, aparentemente inofensivo, virou um vício?

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Quando a pessoa perde o controle e deixa que as telas consumam boa parte do seu tempo, interferindo nas suas relações com a família, amigos, seu desempenho nos estudos e no trabalho, aí há um problema. Normalmente a pessoa até sabe que está extrapolando, ficando mais tempo do que devia na frente das telas, deixando em segundo plano sua higiene pessoal, sua alimentação ou até protelando a ida ao banheiro, mas mesmo assim, não consegue parar.

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E se você que está lendo tem um filho, um sobrinho ou conhece alguém que pode estar viciado, o que fazer?

Como ajudar?

  • A primeira dica é: não proibir. Aquilo que se proíbe fica ainda mais desejado. E vamos combinar que o computador e os games também têm efeitos positivos: a diversão, o aprender a ganhar, perder e colaborar. O segredo está no equilíbrio. Então, limitar e negociar o tempo de uso das telas é uma boa. Já existem países em que a situação ficou tão grave, que o governo limita as horas de consumo semanal.
  • Como aqui no Brasil não há nenhuma normativa em relação a isso, as soluções acabam vindo de dentro de casa mesmo. Deixar o computador ou console de videogame em áreas comuns da casa, onde outras pessoas circulem, também ajuda na supervisão.
  • Outra ferramenta eficaz é o diálogo. Converse, saiba o que as crianças e jovens estão consumindo, com quem e com o que estão interagindo nesse mundão virtual que pode ser fascinante, mas também, cheio de perigos.
  • Ofereça oportunidades interessantes off-line. Mostre o quanto uma partida de vôlei, um giro de bicicleta, um jogo de tabuleiro ou uma roda de conversa podem ser legais.  Esportes e artes, que também estimulam a sensação de prazer, são ótimas pedidas.
  • Invista mais tempo com os jovens e seja exemplo. Cobrar que eles não fiquem nas telas ao mesmo tempo em que confere os likes nas redes sociais, não costuma funcionar.
  • Procure ajuda especializada. Já existem profissionais especialistas e clínicas de reabilitação para tratar a dependência.

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O tempo que se vai da infância da juventude na frente das telas não volta mais. Então faça sua parte. Contribua para que nossas crianças e jovens tenham bons momentos para recordar.


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