Nos últimos anos, a crise climática tem se intensificado, exigindo que tomemos decisões mais conscientes e sustentáveis sobre o meio ambiente. “Pera lá”! Vou começar de novo…Nos últimos meses…ou seriam nos últimos, dias, horas, minutos que a crise climáticas vem mostrando que ela já está aí há tempos?
Nesse contexto, as recentes notícias sobre o possível corte de árvores na Avenida Arthur Bernardes, como parte do projeto de expansão do Inter 2, levantam preocupações legítimas e urgentes. As máquinas da prefeitura e de empresas executoras da obra ignoram as vozes da população contrária ao projeto.
As árvores urbanas são mais do que elementos paisagísticos; elas desempenham funções vitais para o equilíbrio ecológico das cidades. Elas ajudam a mitigar as ilhas de calor, melhoram a qualidade do ar, reduzem o escoamento das águas pluviais e proporcionam habitats para a fauna local. Além disso, oferecem sombra e bem-estar aos moradores, contribuindo para a qualidade de vida urbana.
Atenção especial às palavras do próprio prefeito Rafael Greca que disse no livro Pinheiros, que “ A Araucária é uma espécie que começou há 250 milhões de anos. Destruí-la é rasgar as próprias entranhas da Terra”.
A Avenida Arthur Bernardes é um local onde pulsa o lazer. Moradores passeiam com seus cães e sua família, andam de bicicleta, praticam esportes com bola como vôlei, basquete e beach tennis e estreitam laços com modalidades como slack line e o skate. Além de ser o ponto de encontro dos vizinhos da região, a área verde tem servido de palco para muitos encontros multiculturais promovidos pelo movimento SOS ARTHUR BERNARDES, como o que aconteceu no dia 20 de novembro em ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra.
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O que temos hoje neste parque linear é exatamente o que muitos países almejam implementar como ação efetiva no combate às mudanças climáticas. Soluções baseadas na natureza são fundamentais para enfrentar os desafios ambientais atuais. Preservar essas áreas verdes é uma estratégia na luta contra o aquecimento global.
Não podemos simplesmente colocar tudo abaixo em nome do progresso sem considerar o impacto ambiental. Botar essas árvores abaixo é retroceder pelo menos 50 anos. E não adianta vir a público tentar engambelar a população com a compensação, dizendo que mudas estão sendo plantadas. Muda demora a virar árvore adulta. è como se dispensássemos todos os médicos formados para aguardar que vestibulandos se formem em Medicina e comecem a atender.
Alguns não passarão (algumas mudas não irão pra frente). E os que forem para a faculdade demorarão algum tempo até começarem a atender a população como um médico experiente.
Entenderam a analogia?
Xô, motosserra, sr. Prefeito da Cidade multipremiada e inteligente! Vamos conversar com a população ao invés de maquiar a informação e apagar comentários contrários nas redes sociais. Quem chega “depois” só vê elogios… “Pode isso, Arnaldo?”
A fauna desses parques também merece atenção e destaque. As árvores e áreas verdes são habitat para inúmeras espécies que contribuem para a biodiversidade urbana, essencial para um ecossistema equilibrado. A perda dessas áreas pode resultar na diminuição de espécies e no enfraquecimento dos serviços ecossistêmicos que elas nos proporcionam.
Curiosamente, os próprios funcionários enviados pela prefeitura, durante seus momentos de descanso, buscam refúgio sob a sombra dessas mesmas árvores que estão prestes a ser cortadas – repousam “paumandadamente” às sombras das árvores que estão no corredor da morte.
É irônico pensar que, enquanto se planeja remover essas áreas vitais, elas ainda servem de abrigo e conforto para aqueles que trabalham no projeto. Esses tem menor responsabilidade, pois cumprem ordens…cumprem ordens…cumprem ordens…
A situação se agrava com a postura do prefeito, que “dá de ombros” para as preocupações e para os apontamentos da população. “Dá de ombros” mas não “dá ouvido” ao grupo SOS Arthur Bernardes.
Ignorar as vozes da comunidade e dos ambientalistas é uma falha grave que demonstra falta de compromisso com soluções sustentáveis e participativas. Ouvir a população? Só no discurso das campanhas e na teoria… Na prática a “DES-conversa” é outra!
O projeto do Inter 2, embora importante para o desenvolvimento urbano e a melhoria do transporte público (será que da forma como está sendo passado?), deve ser conduzido de maneira transparente e colaborativa. A participação cidadã é essencial para garantir que as decisões tomadas reflitam as necessidades e desejos da comunidade, além de assegurar que os impactos ambientais sejam minimizados.
A crise climática exige que repensemos nossos modelos de desenvolvimento. Isso inclui integrar práticas de construção sustentáveis e preservar o máximo possível dos recursos naturais existentes. Um diálogo aberto com a população pode trazer soluções inovadoras que conciliem desenvolvimento e preservação ambiental.
E “prefs” (como agora estão sendo chamados), escutem a população! Recalculem a rota. Exerçam cidadania de verdade, igual à que está sendo exercida pelos membros do SOS ARTHUR BERNARDES.
Sejam inteligentes na Cidade Inteligente! Vocês não tem ideia de quanta gente boa tem nesse movimento!!!
O corte de árvores na Avenida Arthur Bernardes, sem a devida consulta pública, não é apenas um erro estratégico, mas um retrocesso nas políticas de desenvolvimento sustentável que deveríamos adotar. É hora de priorizar o diálogo e a cooperação para garantir um futuro mais verde e saudável para todos. O poder de um povo unido, exercendo sua cidadania e lutando por seus direitos, é uma força transformadora.
Quando a comunidade se mobiliza em defesa de seus espaços verdes, ela protege o meio ambiente e reforça o valor da democracia participativa. É hora de todos nos unirmos em prol de um futuro mais sustentável e justo, onde a voz do povo seja respeitada e valorizada.
Como você pode ajudar?
- Assinando o SOS Arthur Bernardes abaixo-assinado contra o corte de mais de 642 árvores no Lote da Arthur Bernardes
- Participando dos eventos no parque linear ARTHUR BERNARDES.
- Seguindo o movimento no @sosarthurbernardes no Instagram