Você sabia que os nomes dos furacões são escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) para garantirem clareza e eficiência na comunicação durante alertas meteorológicos? São utilizadas listas rotativas de nomes curtos e fáceis de lembrar, alternando entre nomes masculinos e femininos.

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Essas listas são reutilizadas a cada seis anos, mas nomes de furacões devastadores, como “Katrina”, são retirados e substituídos para evitar associações negativas. Diferentes regiões têm suas próprias listas, e em temporadas com mais de 21 furacões, são usados nomes do alfabeto grego.

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Mas o que cada um de nós tem a ver com isso? Tudo…

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O aquecimento dos oceanos e a formação de furacões mais intensos estão diretamente ligados às nossas ações diárias. Quando usamos energia de fontes não renováveis, dirigimos carros que emitem poluentes ou consumimos de forma excessiva, contribuímos para o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Esses gases são os principais responsáveis pelo aquecimento global, que, por sua vez, eleva a temperatura dos oceanos.

É justamente o aquecimento dos oceanos (que é um fenômeno crítico) que impacta diretamente a formação e a intensidade dos furacões.

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Vamos fazer um exercício de imaginação: vamos considerar que as nossas ações de cuidados e proteção do meio ambiente sejam inversamente proporcionais à probabilidade de darmos nome a um furacão. Isso significa que, se não tivermos cuidado e não nos importarmos com as ações de sustentabilidade, a probabilidade de darmos nome a um devastador furacão aumenta.

As atitudes não sustentáveis podem ser categorizadas em diferentes tipos, começando pelo desperdício de recursos naturais, que inclui ações como deixar a torneira aberta sem necessidade, tomar banhos longos e lavar a calçada com mangueira jorrando. Mesmo que essas atitudes pareçam pequenas, elas acumulam um grande impacto negativo ao longo do tempo, comparando-se a um furacão de categoria 1, que causa danos menores, mas que, se persistirmos nesses hábitos, poderíamos nos tornar um “Furacão Categoria 1”.

O óbvio precisa ser dito; que cuidados você tem na separação do lixo?

Outro aspecto relevante diz respeito à poluição e ao descarte inadequado de resíduos, que se manifesta em ações como jogar lixo nas ruas (inclusive bitucas – hey, fumantes, elas são tóxicas), usar plásticos descartáveis e não reciclar. Esses comportamentos podem ser comparados a furacões de categoria 2, que ocasionam danos significativos.

A poluição e o descarte inadequado afetam diretamente a qualidade do ar, da água e do solo, o que nos coloca como um possível “Furacão Categoria 2”.

Além do mais, o uso excessivo de energia, que inclui deixar luzes e aparelhos eletrônicos ligados desnecessariamente e usar ar-condicionado em excesso tem um impacto considerável no aquecimento global, similar ao que ocorreria com um furacão de categoria 3. Portanto, poderíamos ser um “Furacão Categoria 3” ao continuarmos com essas práticas.

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O desmatamento e as queimadas, que envolvem a destruição de florestas para agricultura ou construção e queimadas para “limpeza” de terrenos, podem ser considerados como furacões de categoria 4, causando destruição massiva. Essas ações têm um efeito devastador sobre a biodiversidade e o equilíbrio climático, levando-nos a ser um “Furacão Categoria 4”. Governos e governantes podem se encaixar aqui quando há negligência.

Por fim, o consumo excessivo e desnecessário, caracterizado pela compra de produtos que não são necessários (fast fashion, por exemplo) e pela preferência por itens descartáveis ao invés de reutilizáveis, representam o nível mais alto de impacto negativo, semelhante a um furacão de categoria 5. Essa prática esgota recursos naturais e gera grandes quantidades de resíduos, possibilitando que sejamos um “Furacão Categoria 5”.

Cada escolha que fazemos impacta o planeta e nesse exercício fictício que fizemos aqui representaria, por meio de nossas atitudes, um potencial individual em dar nome a furacões. Furacões destroem e nós não queremos isso! Ao adotar hábitos mais sustentáveis, podemos ajudar a mitigar essas mudanças.

Ao agir localmente, estamos contribuindo globalmente para reduzir a intensidade dos furacões e proteger nossas comunidades e o meio ambiente, pois enfrentar as mudanças climáticas não é apenas uma responsabilidade dos governos ou grandes corporações; é uma responsabilidade de cada um de nós.

Pequenas mudanças em nosso dia a dia podem ter um grande impacto no futuro do planeta. Portanto se envolver e agir é a nossa única opção para continuarmos a ter um local equilibrado e saudável nesse planeta não apenas para sobreviver, mas para viver!


>>> Eu sou Ana Zattar e comando o perfil @anacatacomigo no Instagram, que traz dicas de sustentabilidade e educação ambiental.