Movimento SOS Arthur Bernardes ganha força e alternativas são discutidas

Não é possível que a remoção das árvores da Av. Arthur Bernardes seja realmente a melhor opção que a prefeitura encontrou para qualquer projeto ou obra em andamento.

Essas árvores são grandes, imponentes, saudáveis e ainda têm muitos anos de vida pela frente. Além de fornecerem abrigo para várias espécies da fauna local, elas desempenham um papel fundamental na melhoria da qualidade do ar, regulação da temperatura e redução da poluição sonora. Árvores maduras como essas são insubstituíveis em curto prazo, e sua remoção resultaria em um impacto ambiental irreversível.

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É doloroso imaginar essa situação, assim como foi ver a derrubada das árvores na Av. Vitor Ferreira do Amaral, no Tarumã (confiram nesse link a primeira intervenção sobre a relação da Arthur com o caso da Victor). A remoção dessas árvores não apenas prejudica o meio ambiente, mas também afeta a saúde mental e o bem-estar da comunidade que se beneficia de sua sombra e beleza natural em seu dia a dia.

Cidades arborizadas, além de lindas, são essenciais para a harmonia entre urbanização e natureza. Além disso, esse cenário é parte do patrimônio paisagístico da cidade e sua remoção representaria uma perda significativa. Nos dias de hoje, uma ação dessas vai na contramão de tudo o que se promove para um planeta mais equilibrado.

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Em tempos que se discute tanto sobre sustentabilidade e combate às mudanças climáticas, derrubar essas árvores sem estudo sério do impacto real ambiental parece um retrocesso inaceitável.

Obras e novas construções são necessárias, é claro, porém, o projeto deve ser planejado, licitado, executado com responsabilidade na causa e compromisso com o meio ambiente e alinhado aos propósitos e compromissos assumidos, como por exemplo, Plan Clima (O texto do PlanClima foi feito em 2020 com base nos objetivos do Acordo de Paris e da Agenda de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável).

Invasão do blog; em defesa dos protetores de animais de Curitiba

Refletimos sobre nossas escolhas diariamente. Não é possível que essa seja a melhor decisão de uma equipe governamental municipal. Existem alternativas e um grupo disposto a colaborar e discutir soluções, como a adaptação dos projetos para preservar as árvores existentes.

Tenho acompanhado pelas redes sociais o perfil da arquiteta e urbanista Laís Leão, que teve acesso ao projeto de 2022 (prévio ao licitado, mas muito semelhante) e o de 2023, este sim licitado, via Portal da transparência da Prefeitura de Curitiba que diz: “o projeto ainda não aconteceu porque o cronograma do projeto está atrasado. O cronograma da obra é de início em Junho, e a própria prefeitura nos tinha informado que o início seria pelas ruas laterais, não pela Arthur Bernardes. […]No dia que descobri a dimensão do corte das árvores (sabíamos que cortariam algumas, mas não tantas) entrei em contato com o pessoal do mandato e se intensificaram as mobilizações em redes sociais sobre a questão das arvores e nos unimos a vários moradores que já estavam descontentes do projeto.

>>> Confiram o vídeo do dia da descoberta para entender a cronologia.

Outras ações que já foram realizadas por políticos em prol da causa foram:

O deputado estadual Goura oficiou Ministério Público, mobilizou abaixo-assinado e realizou atos com a vizinhança. A vereadora Giorgia Prates oficiou Ministério Público e Defensoria Pública questionando a legalidade da obra, a adequação dos estudos, as licenças das empresas participantes e os estudos de impacto na vizinhança.

Também pediu estudo de impacto ambiental ao longo de toda obra do Inter II e fez pedidos de informações, assim como os vereadores Marcos Vieira, Dalton Borba, Profa. Josete e Maria Leticia (que também oficiou o MP).

A sociedade civil também se mobilizou nas seguintes frentes: Ação Civil Pública (pela frente de moradores), denúncia técnica (Laís Leão) e carta de compromisso à Comissão do Meio Ambiente CMC.

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Preservar essas árvores não é apenas uma questão ambiental, mas também de responsabilidade social e de compromisso com o futuro das próximas gerações. Segundo a arquiteta e urbanista Laís Leão: “Cerca de 50% das árvores ficam na área do terminal – e a maioria delas é árvores de pequeno porte que pode ser realocada. A prefeitura precisa começar se comprometendo a fazer essa relocação quando possível para mesma região e não o corte.”

Precisamos falar sobre isso. É mais uma batalha e a guerra não está perdida. Esse grupo de pessoas que puxaram a frente do movimento (que é uma insatisfação de muitos moradores que não entendem mais derrubadas de árvores na Capital Ecológica) organizou um abaixo-assinado para protocolar no Ministério Público. A ideia é discutir e propor soluções viáveis, ouvindo as ideias e atendendo às legislações ambientais.

>>> Assine a petição neste link

E acompanhe o andamento pelo instagram de @sosarthurbernardes e @leaolais #sosarthurbernardes


>>> Eu sou Ana Zattar e comando o perfil @anacatacomigo no Instagram, que traz dicas de sustentabilidade e educação ambiental.

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