Bar O Cachaceiro tem dose de graça com mega empreendedor em rua famosa de Curitiba

Um bar para todos os gostos, bolsos e com cara de Brasil. A primeira dose é de graça, um perfeito cartão de visitas com aroma e sabor do país em que a cachaça alivia a alma. O Cachaceiro, situado no bairro Campo Comprido, em Curitiba, é daqueles pontos que nos deixam com vontade de voltar e provar de tudo um pouco.

A história do Cachaceiro na Rua Eduardo Sprada, bar fundado há três anos, tem ampla relação com o dono. Aliás, chamar o Giovani Daga, 51 anos, natural de Águas Frias, região oeste de Santa Catarina, de cachaceiro não é problema. O atual imóvel em que o boteco funciona foi moradia da família por um período, ou seja, o ambiente hoje comercial tem ainda aquele aspecto de casa antiga com a modernidade de uma decoração iluminada e estruturalmente sólida.

Giovani trabalhou na roça e foi frentista em Águas Frias, tendo a companhia dos pais Maximino e Maria, e dos irmãos Leila e Lenomar, o caçula da família. Desde pequeno sonhava em empreender, ter uma portinha de venda, e quem sabe um dia, virar comerciante de sucesso. “O pai sempre foi de venda mesmo na roça, na lavoura. Só que a gente vivia no interior do interior, e meu tio Claudino, irmão da minha mãe, percebeu que era preciso dar uma força. Viemos para Curitiba morar em uma garagem em Santa Felicidade, ali perto do Posto Ventania”, lembrou Giovani.

Já em Curitiba, Giovani começou a dar os primeiros passos no ramo botequeiro. Passou por bares e restaurantes em diferentes funções, e foi aprendendo a lidar com novas profissões. “Cheguei a descascar sacos de batata, fui garçom e barman. Nunca foi despedido, deixei o trabalho por outras propostas, com o objetivo de melhorar de vida”, disse o aguasfriense.

Em 1995, Giovani montou o primeiro bar, chamado Recanto, na Rua João Falarz. Lugar simples, mesas de ferro de uma cervejaria nacional e petiscos. “Deu certo ali, ampliamos o lugar, colocamos pagode e lotava a rua. Fiquei empolgado, e montei com um amigo uma mini danceteria na parte superior. Era jovem, faltou maturidade na administração, depois transformei em pizzaria e quebrei”, brincou Daga.

A chegada no Cachaceiro

Há 10 anos, um amigo apresentou uma cachacinha envelhecida 8 anos. Ao tomar aquele “mel” e aprovar, decidiu apostar na bebida mais brasileira de todos os tempos. Com a vontade de aprender e jamais desistir de empreender, Giovani foi aos poucos entrando no maravilhoso mundo da cachaça.

“Fui fazendo ao lado da churrasqueira de casa mesmo, experimentando, aprimorando e comprando barris. Percebi um grande potencial no produto, engatinhei, errei, fui aprimorando com conselhos e estudo. Na pandemia da Covid-19, foi o período que melhor desenvolvi a cachaça, e precisava de um ponto comercial para que unisse a vontade de ter a minha garrafa com um público que pudesse consumir em um lugar agradável. O Cachaceiro nasceu junto com a Daga Bebidas”, admitiu Giovani que tem o apoio da esposa Ana e de uma equipe nota 10, a Flávia, Rhayane, Ana, Júnior, Altamir, Vitor, Kauane, Leonardo, José, Vitória.  

E a união deu super certo, é como você ser o dono da bola e jogar no seu campinho. É vitória na certa, a bebida é conhecida pelo dono que sabe todos os ingredientes que farão da visita uma linda experiência. No Cachaceiro, ao entrar no recinto, percebe-se que o ambiente é diferente, sorriso no rosto dos atendentes e cachaça exposta por todos os lados.

Mesas e cadeiras de madeira bem confortáveis, barris no alto, luminosos com o nome do bar e um balcão forrado de garrafas que beiram ao paraíso das bebidas. “É um novo conceito de bar, cardápio voltado para cachaça, em que o cliente ganha a primeira dose. São cachaças em formato de licores, é o projeto que deu mais retorno na minha vida. Fomos conhecer roteiros, alambiques e pesquisamos bares para entender a dinâmica”, informou Giovani que ainda é dono de uma pizzaria ao lado, a La Bella.

Quanto à comida de boteco, opções não faltam para a clientela. Um dos mais pedidos é a porção da galera (alcatra, torresmo, polenta, quibe, bolinho de carne seca e bolinho de linguiça Blumenau), costelinha de tambaqui e a dobradinha. A dica é pedir uma porção de torresmo com uma dose de cachaça envelhecida de carvalho. Ah, vale reforçar que o cliente tem no Cachaceiro à venda das bebidas com a possibilidade de montar kits para presentear um amigo com opções interessantes. Aceito, hein?.

Produção em Colombo

A Daga Bebidas tem uma fábrica em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, com possibilidade de produção de 6 mil litros de chope. Nos próximos dias, aguarda-se a liberação para fabricação e envasamento dos 4 mil produzidos de cachaças e licores. Vai ser o templo da “caninha” no Paraná.

“É o pensamento estratégico para definir qual o caminho tomar, quero ainda colocar uma loja de venda na frente da fábrica. O destilado nacional é o melhor. Conheçam a cachaça, temos ótimos produtores no Paraná, temos grandes alambiques e buscamos a excelência”, comentou o verdadeiro cachaceiro de Curitiba.

Quanto ao futuro do bar, é fácil saber. É a casa do Giovani, intacta desde os tempos em que morava por lá, e hoje é o sustento dos colaboradores. “Eu fui de ficar atrás do balcão, hoje fico mais ao lado do povo. Gosto de bater um papo, aqui é um bar para sentar e tomar uma boa cachaça em um ambiente seguro e descontraído”, completou Giovani, um empreendedor nato.

Serviço: O Cachaceiro

Endereço: Rua Eduardo Sprada, 4930 – Campo Comprido, Curitiba.

Horário de Funcionamento: todos os dias da semana das 17h às 0h00.

Instagram:ocachaceirocwb e dagabebidas

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