Bar de Curitiba ganha clientes com batida caseira de maracujá e réptil no balcão

Bar do Gaúcho

Do maracujá caseiro a cobra no pote. O Bar do Gaúcho, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, é o recinto em que o cliente vai ficar na dúvida se jogará sinuca com o Dunga ou ficará olhando as fotos na parede do time formado no boteco. O balcão é rico de história em que a vina ou o rollmops brilham ao lado de pescadores que dizem não aumentar os causos após uma dose ou outra de uma pinguinha. 

Esse espaço dedicado a amizade e aos bons momentos começou em 2000. Gladimir José Arsego, um gaúcho de Paim Filho, pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, pouco tempo ficou por lá. Veio para o Paraná ainda piá, e rodou por cidades como Itapejara d´Oeste, Maringá e Foz do Iguaçu, até se estabelecer em Curitiba. Trabalhou como bancário, e há 23 anos decidiu trocar de balcão – saiu do banco e foi para o bar. 

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“São quase 24 anos aqui, e a troca foi para melhor. Esse ambiente é minha segunda casa e família. Eu tenho muito orgulho da minha clientela, especialmente pelo caráter. Todos se conhecem, somos amigos e ajudamos quem precisa”, disse Gladimir, o Gaúcho.

Aliás, se houvesse um prêmio no local em que o cliente encosta o cotovelo, a homenagem ficaria com o Bar do Gaúcho. O balcão nem é daqueles grandes que parecem uma avenida, mas é formado por uma base de “tijolinhos” e cerâmica preta. É uma verdadeira passarela para o copo de boca larga estufado de maracujá.  A dose da batida da fruta é referência de qualidade na região norte de Curitiba, um verdadeiro licor que faz a alma agradecer pelo cremosidade e textura. 

Ao encontro da batida perfeita, um letreiro das antigas com os preços reforçam o ambiente raíz com salames, doces, potes de rollmops, ovo de codorna, vina e até uma cobra embalsamada. “Um rapaz do grupo de pescadores do bar trouxe pra deixar aqui”, afirmou Juliano, filho do Gaúcho. 

Dunga e Los 40 

Uma das paixões do Gaúcho é o futebol. O esporte mais popular do Brasil tem grande importância em qualquer boteco. A discussão do melhor time, xingamento na derrota e exaltação nas vitórias é comum nos bares, mas ter uma equipe formada por clientes é um pouco raro. A explicação para isso é fácil, a clientela dedica o tempo livre para tomar cerveja, e não suar atrás de uma bola. 

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“Montamos esse time para jogar aos domingos, e foi para frente. São vinte anos que temos o Los 40, vários quadros da equipe com as primeiras formações, troféus e alguns talentos. Ainda temos outros grupos, como dos pescadores, a que também faço parte, e a turma da sinuca”, comentou Gladimir que tem como amigo/ cliente, o Dunga, um grandalhão que joga com maestria no tapete verde.

Fora do espaço do salão principal, várias mesas estão bem posicionadas para a freguesia que deseja um pouco mais de intimidade com porções bem preparadas pela equipe da cozinha. A dica é ir na tilápia ou na calabresa acebolada que rende bem para duas pessoas. Bah!

Com um ambiente familiar, o chimarrão rola na mão dos mais chegados do bar. Uma curiosidade, o nome fantasia usado no CNPJ é Pertutti, antiga churrascaria curitibana que encerrou atividade na pandemia da Covid-19. Coincidência ou não no nome, o bom gaúcho também é botequeiro raíz! 

Bar do Gaúcho – Santa Cândida

Endereço: Rua Odacir Schilipak, 218 – Santa Cândida, Curitiba 

Telefone: (41) 3265-1421

Horário de Funcionamento: Segunda a Sábado das 10h até 22 horas

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