Bar com fama de agradar clientes conquista bairro Boa Vista, em Curitiba

O Paparico Gastrobar é sucesso nas noites de Curitiba. Foto: Gustavo Marques/Tribuna do Paraná

Um bar com alma de Brasil, aberto a todos. Comida boa, chope gelado, gente feliz e reunida comemorando o prazer em viver. O Paparico Gastrobar, no bairro Boa Vista, em Curitiba, é um novato no ramo, mas que já carimbou um bom espaço no coração e no paladar dos clientes. Não tem porção ou copo vazio, é tudo caprichado e feito por mãos que escolheram a nobre arte de mimar os fregueses.

O Paparico no Boa Vista localizado na tranquila Rua Leão Sallum é encantador e apaixonante. A famosa música do Grupo Molejo feita há 20 anos retrata bem o que é paparicar. “Te ganhei no paparico, te papariquei; Quis te dar um fino trato e me apaixonei; Te ganhei no paparico, mas tô sem nem um; Por favor, amor, não pense que sou 171”. Sim, é um bar em que a conversa rola solta com boas risadas, música e reencontros.

O trio responsável pelo Paparico não tinha experiência em bar, mas a união de uma família enraizada no próprio Boa Vista foi fundamental para transformar o medo e a insegurança no novo negócio em uma fortaleza indestrutível. Simone Werneck ao lado do esposo Maurício e da irmã Josi enfrentaram a pandemia da Covid-19 para abrir um espaço dedicado a convivência. A ideia inicial era assar carne nos fins de semana, mas logo isso ficou apenas na intenção.

O Papaprico abriu ao público em outubro de 2021. “Gastamos demais com a obra e decidimos não fazer só a carne para o fim de semana. Bateu desespero, a gente precisava faturar nos dias úteis. A Josi seria a pessoa para fazer a comida, o Mauricio produzindo o chope, e eu na administração. Tive muito medo e fiquei ansiosa, mas sempre segura por ter uma irmã boa de cozinha”, disse Simone, ex-gerente de banco.

Com a confiança da irmã e do cunhado, Josi assumiu a missão de comandar a cozinha. O “coração” do bar é palpitante, batidas serenas e com picos de emoção. Nas mãos da Josi, o segredo do bom prato e do petisco suculento tem no DNA a força dos pais. “Eu sempre fui curiosa na cozinha e sigo atrás de novidades. Em casa, ao lado da mãe e do pai aprontava. O pai adorava fazer sopas diferentes há 50 anos. Pescava no Pantanal e trazia peixes exóticos, jacaré e rã. Fazia sopa de peixe com banana da terra”, lembrou Josi ao falar do pai Eudes, 94 anos, ex-delegado, e da mãe Roseli.

Para fechar o tio “papariques”, o Maurício Werneck é o cara do chope. Trabalhou em laboratório como engenheiro agrônomo e fazendo experiências encontrou o caminho cervejeiro no bar. “Meu cunhado iniciou um curso da Bodebrown, e achou difícil. Ele apareceu com alguns ingredientes em casa e fiz uma cerveja. Ficou boa, e trouxe para o bar. Na IPA, tem dois ingredientes que as pessoas não costumam usar e virou o meu segredo. Não posso revelar, ela fica aromática e cremosa.  Eu faço uma Stout, um clone da Guiness”, afirmou Maurício, que também é o churrasqueiro da casa.

Portal para a felicidade e Comida Di Buteco

O Paparico tem uma entrada estilosa e cheia de charme. Com o nome no alto diante de uma estrutura alta e com tijolinhos à vista, o cliente entra em um ambiente iluminado com mesas e cadeiras de madeira. O balcão é um camarote para todo o bar, ideal para tomar um chope e aperitivar. Aliás, um dos quadros pregados no bar exalta que nenhuma grande história começa com pessoas comendo salada.

Falando em comida, é incrível o que ocorre no Paparico. Nas mesas, parece rodízio, pois na maioria das vezes é um prato diferente a cada pedido da clientela. “Todos os pratos saem bem, as pessoas adoram a carne de onça, o pão com bife e o pão com bolinho. Nas terças, tem a noite do pastel, nas quartas, a dobradinha e a rabada, nas quintas, o carneiro. Ainda temos os sanduíches de mignon de queijo brie, gorgonzola, o pernil com abacaxi, a moela e a feijoada no sábado”, valorizou Simone que ainda tem no time a Meire, a Cinthia, Maria, Jussara, Thiago, Lúcia,Beatriz e Marcos.

O bar é participante pela segunda vez consecutiva do concurso Comida Di Buteco, que inicia nesta sexta-feira (11) nos bares de Curitiba. O prato vai ser a “Batata metida à besta”, carne bovina assada em panela de barro servida com batatas fritas e crosta de queijo. “Foi um ano pensando e testando. Meu filho Gabriel estava na Turquia, e ele disse que comeu uma carne maravilhosa. É uma carne de gado com muitos temperos e especiarias. Eu queria usar babata, e usamos a “metida a besta”. Aí pegou o nome e deu certo”, comentou Josi.

Região dos botecos e orgulho

O bairro Boa Vista em Curitiba se tornou um ponto de bons bares. O Nosso Boteco, Bar do Morango, Gildo, e outros comprovam que a região é bacana para o comércio botequeiro. O Paparico entrou no circuito para ficar por muitos anos como opção de alimentação e bebida. “A concorrência é boa. Tem paladar e bar para todos os gostos, nós mesmos visitamos vários lugares. Não usamos produtos de baixa qualidade, é bem elaborada, bem exagerada e preço justo. Nosso lema é boa comida, chope gelado e gente feliz. Nós queremos e gostamos que todos se sintam bem, aqui é uma família”, reforçou Simone.

Um orgulho, um sentimento de vestir a camisa do Paparico. Um bar com pilares bem alinhados em prol da família curitibana e do servir com excelência. Bora paparicar?

Paparico Gastrobar

Endereço: Rua Leão Sallum, 1240 – Boa Vista, Curitiba.

Horário de Funcionamento: Segunda a sexta das 11h às 14 horas no almoço

Terça a sexta-feira das 17 horas até 23h00

Sábado – 11h até 16h (feijoada)

Instagram: paparico.gastrobar

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