Um jantar para cerca de cem pessoas, na última sexta-feira (22/04), no restaurante Mezza Notte em Santa Felicidade marcou o lançamento da obra Memórias de Alexandre Queiroz: da estirpe baiana à família catarinense pela editora curitibana Bonijuris. Participaram do evento juristas, magistrados, amigos e parentes do biografado, um brasileiro que deixou um grande legado humanístico e profissional. Esta é a primeira obra da Bonijuris na categoria biografia e livro de arte. Trata-se de um memorial de um brasileiro, de origem baiana, que constituiu família e firmou carreira no Direito em Santa Catarina, tornando-se um proeminente advogado e defensor das causas públicas.

continua após a publicidade
Prata Gelatina
Olga Maria Krieger, Maria Perpétua de Queiroz Krieger, Luiz Fernando de Queiroz, Maria Tereza de Queiroz Piacentini, Jéssica Regina Petersen e Elin Tallarek de Queiroz

Nascido em Valença (BA), Alexandre personifica a história de muitos brasileiros que cruzaram este país continental nas levadas desenvolvimentistas do século 20. Seu pai, Enéas Vasconcelos de Queiroz, tornou-se engenheiro-chefe da Fiscalização Federal das Estradas de Ferro nos anos 1930, o que levava a família a longos períodos em outras cidades e estados. Já formado em Direito na Bahia, conheceu a primeira esposa Dulce Fernandes em visita ao pai em Tubarão (SC), dando sequência à linhagem dos Queiroz no Sul do país.  Alexandre Queiroz era sobrinho-bisneto de Zacarias de Góis e Vasconcelos, primeiro-ministro do Império, ex-presidente da Província do Paraná e idealizador da Estrada da Graciosa, homenageado na conhecida Praça Zacarias – centro de Curitiba. Algumas passagens desta biografia tiveram como referência a obra O Conselheiro Zacarias, escrito pelo já falecido Tulio Vargas, político, historiador e ex-presidente da Academia Paranaense de Letras. A obra, no formato álbum e ricamente ilustrada com fotos e documentos, é a confluência de forças dos herdeiros de Alexandre: seus filhos Luiz Fernando de Queiroz, editor-chefe da Editora Bonijuris, e Maria Tereza de Queiroz Piacentini, mestre em Educação; e suas netas Dulce de Queiroz Piacentini e Olga Maria Krieger, responsáveis pela organização do livro. Em 1997, Maria Tereza fez uma série de entrevistas com o pai, nas quais todos os assuntos que permeiam o livro foram abordados. Essa iniciativa proporcionou um ganho de riqueza na estrutura narrativa, já que em cada capítulo há comentários do próprio biografado. Assim, a biografia contém o começo das reminiscências escritas por Alexandre como ponto de partida, bem como outros recursos para ajudar o leitor a compreender o que está além do texto: a árvore genealógica das famílias Vasconcelos e Queiroz; um mapeamento genealógico começando com Enéas, o pai de Alexandre, e chegando aos dias de hoje; a linha do tempo da vida de Alexandre; um curriculum vitae completo do biografado contendo detalhes que escapam ao texto narrativo, e um índice onomástico, o qual permite análises que ultrapassam o enredo de vida dos Queiroz.

Prata Gelatina
Elin Tallarek de Queiroz, Luiz Fernando de Queiroz, Luise Tallarek de Queiroz , Clovís Raimundo Maliska Júnior, Laura Digner de Queiroz e Augusto de Queiroz Maliska

Falecido em 2007, o Dr. Queiroz, como era conhecido e cuja alcunha deixou de herança ao filho, completaria um século em 2016. A obra coloca em evidência as relações pessoais, profissionais e políticas de uma época, os fatores que levavam às tomadas de decisões na família e os traços que fizeram de Alexandre o grande hom,em que ele foi, tornando a publicação atraente mesmo para aqueles que ainda não o conheciam.

continua após a publicidade