A leitura é um prato cheio. E não é de hoje. Os livros de gastronomia estão entre os que mais fidelizam o público. Apesar do alto custo de produção, a maioria das editoras possuem títulos do gênero e conseguem boas vendas com esse tipo de publicação. A prova desse momento significativo para o mercado é justamente o destaque dado à gastronomia na Bienal Internacional do Livro deste ano, que acontece em São Paulo até amanhã.
O crescimento da “literatura” gastronômica é a combinação de dois fatores que caminham juntos: a demanda do próprio mercado e também o aumento no número de cursos de culinária e gastronomia. Basta entrar em qualquer livraria popular e o leitor encontrará uma seção recheada de livros sobre o ato em si de cozinhar, sobre comidas e sobre técnicas de preparo dos mais diversos alimentos.
Os valores que entram para as editoras com as vendas desse tipo de livro são importantes para manter a saúde financeira das casas publicadoras e, em alguns casos específicos, os livros de gastronomia são o carro-chefe, tendo grande participação nos lucros da empresa. Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, as editoras que se especializaram em ter no seu portfólio títulos gastronômicos cresceram mais de 30%. Talvez, a diversificação do catálogo seja a salvação para manter no mercado autores de literatura que, apesar de sua grandiosidade, acabam ofuscados pelas baixas vendas.