Valorizar o que é nosso

Sempre que vou escrever esta coluna, procuro ver quais shows nacionais terão aqui em Curitiba, seja em baladas, teatros ou casas de show. Pois bem, esta semana, quando fui escrever, percebi que será uma semana sem grandes atrações. Porém, a partir daí, ao pensar sobre qual tema iria abordar, fiquei com isto na cabeça e de repente me veio à cabeça “Por qual razão não podemos considerar as duplas locais como grandes atrações?”

Muitas duplas aqui da cidade e região são muito boas. Algumas, posso cravar que são melhores que alguns que fazem sucesso nacional, mas, por algum motivo, seja por falta de sorte, por não ter um ‘padrinho’, ou até mesmo pelo mercado acirrado, não estourou e enfrenta a dificuldade de tantas outras duplas Brasil afora.

Claro que quando uma pessoa vai a um show, é especificamente para acompanhar o artista que estará no palco e conhece as músicas que serão tocadas. Por outro lado, quem vai para a balada, vai para se divertir com os amigos, paquerar e, muitas vezes, nem percebe quem está ali agitando a noite.

Pedir aqui que as pessoas reparem mais nas duplas locais nas baladas seria remar contra a maré e, obviamente, ser ignorado. E nem pretendo fazer isso. Mas, afinal, o objetivo da coluna não é valorizar o que é nosso? Pois então. Se não temos show nacionais, temos os locais, que dão um verdadeiro show também. E é deles que temos que falar também. Afinal, vai que um dia algum deles vira atração no país todo?

No Wood’s, por exemplo, teremos Roberto Nunes hoje. Um cara que certamente já tem seu público cativo. Na Shed, amanhã, é a vez de Wesley & Henrique, que já gravaram com Henrique & Diego e Fiduma & Jeca. Também na Shed, na sexta-feira, Danilo Dyba, do grupo Kanoa, sobe aos palcos. Por fim, o Victoria Villa traz no sábado a banda Kaduká, que já se apresentou nacionalmente. Ou seja, são boas opções por aí que, quem sabe, um dia farão você ir a algum lugar justamente porque eles serão as atrações.

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