O post extra de hoje é merecido. O escritor britânico Ian McEwan revelou seu novo livro: The Children act, que deve ser lançado em 04 de setembro. Essa não é a primeira vez que uma criança é o centro da prosa de McEwan – em Criança no tempo o autor se vale do desaparecimento de uma menina parar levantar a crise em um casamento e a questão da identidade de um pai atormentado pela culpa -, mas em sua nova obra a polêmica está envolta nos dogmas religiosos que impedem um casal de tentar salvar a vida de seu filho.
A trama é rocambolesca, como de costume, e se vale das falhas éticas para criar um enredo envolvente e que beira o surreal – algo que lhe valeu o apelido de McAbro, no inicio da carreira. Para McEwan, ao se recusar a tratar um filho enfermo em favor de um punhado de preceitos religiosos, os pais beiram o perverso e o desumano.
“A mente secular é, de longe, superior ao se fazer julgamentos racionais”, disse o escritor durante o Festival Literário de Oxford. Conhecido por “não ter paciência para nenhuma religião”, McEwan deixa claro que não é contra a profissão da fé, mas é preciso que essa mesma fé tenha um quê mundano para entender as demandas do homem.