Quem vê Wesley Safadão tocando nas rádios e festivais pode até se confundir e achar que ele é um cantor sertanejo. Afinal, volta e meia o forrozeiro aparece com alguma parceria do tipo. E a lista é vasta: Marcos & Belutti, Matheus & Kauan, João Bosco & Vinícius, Simone & Simaria, Marília Mendonça, Luan Santana, Fred & Gustavo, Israel Novaes, Naiara Azevedo, Victor & Léo, Zé Ricardo & Thiago, Gabriel Diniz e por aí vai.
Até por isso, Safadão pode ser considerado o artista ‘não sertanejo’ mais sertanejo do momento. Uma ligação que começou por conta de amizades, mas que virou uma ponte para ele não ficar só no Nordeste, onde tudo começou, e aparecer em todo o Brasil.
“Nós somos muito amigos, então quando a gente recebe ou faz um convite dá essa misturada e quem ganha é o público. E isso eu sempre fiz com meus amigos no Nordeste, antes não tinha tanta abertura. Mas eu comecei a enxergar isso quando alguns sertanejos pediram permissão para gravar músicas minhas. E aí eu pensava que eu podia não chegar lá, mas minha música iria chegar e quando o público pesquisasse iriam ver que eu já tinha gravado”, explica o cearense.
Sucessos assinados por ele também não faltam, como Segunda Opção, Sou Ciumento Mesmo e até Ai Se eu e Pego, o grande marco de Michel Teló, mas que na verdade foi gravado primeiro pela banda Garota Safada, formada pela família de Safadão, como mãe e tio, antes de trocar pelo nome do cantor.
“Muitas coisas acabaram me ajudando. Matheus & Kauan gravaram Segunda Opção e Ciumento. Nisso, eu já estava tocando em Goiás. Então me ajudou muito e eu agradeço muito”, lembra o cantor, que cada vez mais vem adotando uma veia sertaneja em algumas músicas.
“Eu brinco que se juntar mais o forró e o sertanejo bagunça tudo, porque está muito próximo. O próprio Ar-condicionado no 15, se você pegar, é um arrocha”, completa ele, que sempre faz shows com muitas misturas.
“A gente canta um pouco de tudo, é a minha preocupação. Colocar música para quem está apaixonado, solteiro, quem levou chifre e quem quer dar a volta por cima. Tem que ter um pouco de tudo”, garante.