E se os livros para colorir não forem… livros? A polêmica foi encabeçada por Carlos Andreazza, executivo da editora Record, uma das casas com maior catálogo em todo o Brasil. Segundo o editor, que falou à Folha, “cadernos de atividades não são livros. Logo, não deve estar na lista dos mais vendidos”. Essa é uma espécie de “campanha pela maioridade intelectual”. Para se ter uma ideia, dos 20 livros mais vendidos atualmente, 11 são para pintar.
Outra figura do mercado editorial a chamar a atenção para a questão da legitimidade dos “livros de colorir” é o editor do site Publishnews, Carlo Carrenho. “E um livro para colorir com textos de Paulo Coelho e ilustrações de Romero Brito?”, disse Carrenho no Facebook.
Pedro Herz, diretor-presidente da Livraria Cultura, declarou à Folha que a moda dos livros de colorir é um dos sintomas da educação deficiente. Ainda assim, os livros de colorir estão expostos nas filiais da livraria e com grande destaque.