As livrarias essa semana ficaram de cabelo em pé. A Amazon, gigante norte-americana da venda de livros pela internet, anunciou que passará a vender livros físicos também no Brasil. A empresa, que chegou por aqui há alguns meses e até agora comercializava somente edições digitais, resolveu esperar seu catálogo de “livros de papel” chegasse a 150 mil cópias para iniciar as operações.
Ok. A Amazon não é a única varejista no Brasil, no entanto, as políticas adotadas por ela para a comercialização dos produtos têm gerando grande polêmica em todo o mundo. Na França, para se ter um exemplo, a empresa foi proibida de oferecer frete grátis como atrativo para a compra. Para burlar a regra, a Amazon ofereceu o frente a um valor simbólico.
Aqui no Brasil, ainda não houve um posicionamento claro em relação à chegada da empresa. Autores também não se manifestaram com clareza, mas é certo que em breve as instituições devem colocar as mangas de fora. Quem já entrou no site percebeu que a maioria dos livros está pela metade do preço. Convidativo, não? Pois é, não necessariamente.
Cada vez mais as livrarias físicas, aquelas de rua, de shopping, de qualquer coisa que você possa tocar, precisam se reinventar. O que não é ruim. Mas se um leitor desavisado precisa de uma orientação sobre leituras e livros vai perguntar para quem? Por mais que existam os blogs – e até essa coluna -, o contato com o livreiro e outros leitores é fundamental para que a literatura se dissemine.