Dez dicas de livros para dar de presente no Natal

O Natal ‘vem vindo’ (‘vem vindo’ o Natal). Que tal presentear com um livro? A Contracapa indica dez boas opções para escolher nas livrarias de todo o Brasil.

O Irmão Alemão – Chico Buarque (R$ 39)

O cantor/compositor/escritor revisita a sua própria história, resgatando um ponto do seu passado que ainda não estava fechado: a existência de um irmão que Chico não conhecia. Com a ajuda de pesquisadores e historiadores, ele descobre o paradeiro do ‘irmão alemão’ e percebe que aquele desconhecido tem muito mais da família Buarque de Holanda do que se imaginava.

Consumidos – David Cronenberg (R$ 39)

O autor é conhecido pelo seu trabalho com cineasta. Assim como nas obras fílmicas, o leitor embarca em um imponente thriller psicológico, em que um suposto ato de canibalismo entre um casal de filósofos francês leva dois jornalistas sensacionalistas a uma espiral mórbida e suntuosa.

Retrato do Artista Quando Primavera – Fernando Koproski (R$ 34)

Peça final – junto com Retrato do Amor Quando Verão Outono e Inverno – da trilogia “Um poeta deve morrer”, do curitibano Fernando Koproski. O livro é a materialização em palavras da relação do poeta com seu ofício e o mundo. Na obra, Koproski cria um universo próprio em que os elementos são móveis, mas imutáveis.

A Balada de Adam Henry – Ian McEwan (R$ 37,90)

A prosa de McEwan é conhecida por ser inabalável e recheada de elementos que beira o macabro. Seus livros anteriores despertavam questões delicadas das convenções sociais vigentes. Com A Balada de Adam Henry não é diferente. Um garoto tem sua vida em jogo graças às convicções religiosas de seus pais, que são Testemunhas de Jeová.

O Beijo de Schiller – Cezar Tridapalli (R$42)

O escritor Emílio Meister tem a sua boa vida abalada pela chegada de um assaltante durante uma viagem ao litoral catarinense. O bandido passa a fazer parte do dia a dia da família, que o incorpora como elemento fundamental da sobrevivência do casal, que anda em crise. Tridapalli cria um insólito enredo sobre as rupturas do cotidiano e suas consequências.

O Trovador – Rodrigo Garcia Lopes (R$ 45)

Metalinguístico e policial. Os dois adjetivos são a melhor forma de resumir o mais recente livro de Rodrigo Garcia Lopes. Mas o livro vai além. Contando a história de mortes misteriosas durante a colonização inglesa de Londrina, o livro cria um ambiente de suspense em que a chave para todo o mistério se encontra em uma única palavra.

Aguapés – Jhumpa Lahiri (R$ 44,90)

O livro mais recente da escritora inglesa de ascendência indiana Jhumpa Lahiri é a saga de todo um país. Dois irmãos idealistas e uma nação sufocada por um governo autoritário. No entanto, cada dos segue seu próprio caminho: Udayan permanece na Índia e luta pelo que acredita; Subhash vai para os Estados Unidos em busca do sonho de ser tornar um pesquisador acadêmico.

Eclipse – John Banville (R$ 39)

A decadência de um artista que se isola em busca de si mesmo é só a ponta do iceberg emocional criado por Banville. Alexander Cleave acredita que perdeu seu talento de atuar, mas também acredita que a única solução para seu problema está no encontro com seus fantasmas do passado. Por isso, vai à caça em que passou os melhores dias da sua vida: a sua infância. Lá tenta fugir da esposa, da filha e mundo.

Os Piores Dias da Minha Vida Foram Todos – Evandro Affonso Pereira (R$ 30)

A essência de Pereira é a sua narrativa, uma espécie de fluxo de consciência ao melhor estilo joyciano. À beira da morte, uma mulher – que não recebe nome – repassa seus dias de toda uma vida – vivida sob o signo do egoísmo – a um ouvinte peculiar: a mitológica Antígona. Os Piores Dias da Minha Vida Foram Todos é uma espécie de testamento da personagem, que sabe que logo não estará mais entre os vivos.

Hiperconexões – organização de Luiz Bras (R$ 30)

Colcha de retalhos futurista organizada pelo inventivo Luiz Bras, Hiperconexões é um apanhado da poesia contemporânea com um tema um tanto insalubre ao gênero: a ficção científica. Mas, ao contrário do que se possa pensar, a poesia combina muito bem com aquele tempo que ainda está por vir.

Divulgação
Fernando Koproski (ao centro) ao lado de Jhumpa Lahiri e David Cronenberg.
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