A fusão da Companhia das Letras com Penguin Random House já está dando frutos. O primeiro deles é a expansão da editora em solo português, com o romance O Irmão alemão, de Chico Buarque, que já teve mais de 100 mil cópias impressas no Brasil. Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Fernanda Torres também estão programados para ser publicados em Portugal em 2015.
A ideia é que o selo Companhia das Letras seja usado para a publicação de autores de língua portuguesa de várias nacionalidades. Markus Dohle, CEO da Penguin Random House, afirmou que é importante usar o prestígio da editora brasileira para expandir mercados e conquistar novos leitores.
“A criação do selo Companhia das Letras em Portugal é uma extensão natural e desejada da posição preeminente da Companhia no mercado editorial brasileiro. A Companhia não tem par como editora literária no Brasil e nos dá grande satisfação saber que as suas qualidades e relações literárias e a sua marca de prestígio irão enriquecer a comunidade editorial em Portugal”, comentou John Makinson, chairman da Companhia das Letras.
Fundador
Luiz Schwarcz, que fundou a editora em meados da década de 1980, também comemorou os novos rumos da empresa. “Estou muito feliz! Esta frase tão simples, com todas as exclamações possíveis, é a que mais me atrai para dizer como me sinto. Viajar com nossos logotipos – entre eles uma caravela, como a que trouxe os portugueses ao Brasil –, cruzar o Atlântico e reproduzir nossa história, agora com a contribuição e liderança da Clara Capitão, me deixam animado ao extremo. A Companhia agora chega a Portugal para mostrar um pouco da sua cara na terra de José Saramago e de tantos escritores que ligaram ainda mais nossos países. E por aqui será um pouco mais portuguesa, com a mesma alegria.”