O primeiro a chamar a atenção para o escritor Valter Hugo Mãe foi José Saramago, que o chamou de “tsunami literário”. A partir de então, o autor de nosso reino e O Filho de mil homens começou a ganhar o mundo, inclusive o Brasil. Valter passou pelas terras tupiniquins na última semana, realidade conferência em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Ele é um dos poucos autores contemporâneos a conseguir unir crítica e público em um grito uníssono. Fã declarado de Dalton Trevisan e Paulo Leminski, Valter ainda sonha em conhecer o contista curitibano. Durante sua passagem por aqui no ano passado ele revelou o anseio que tem conversar com Dalton.
Mas o amor de Valter Hugo Mãe pelo Brasil vai além. Em um texto publicado em sua coluna no jornal “Público”, de Portugal, declarou que “nunca se é mais sexy do que quando se está no Brasil”, um elogio rasgado à hospitalidade brasileira. Suas lembranças na Flip também estão entre as melhores que guarda – e não esconder o carinho que tem por seus leitores daqui.
Parte dessa relação entre o escritor e o Brasil vem da ideia criada em Portugal de que a colonização foi algo que deu certo. “Nós costumamos dizer, em Portugal, que a melhor coisa que os portugueses fizeram foi o Brasil”, declarou à revista “Época” nesta semana. Valter afirmou ainda que o português e o brasileiro são povos muito próximos, mas que ainda não nos demos conta disso.
