A literatura nas novelas

A literatura está mais próxima de nós do que imaginamos. Ela entra em nossas casas não só por meio de filmes e músicas, mas também nas novelas – seja por um título retirado de algum livro ou uma adaptação. Uma dos maiores sucessos da TV brasileira, Éramos seis (1994), é baseado no livro homônimo, de Maria José Dupré, lançado pela Coleção Vagalume.

Na Rede Globo, as novelas Laços de família (2000) e Mulheres apaixonadas (2003) tiveram seus títulos emprestados dos livros de Clarice Lispector e D. H. Lawrence. Ambas foram escritas por Manoel Carlos – o que significa que teve uma Helena como protagonista, uma obsessão do autor, que tem relação com força exercida pela personagem mitológica de Helena de Troia, imortalizada na Ilíada de Homero. E por falar em Helena, este foi o nome de uma novela de Manoel Carlos lançada na Record, em 1987, inspirada na obra de Machado de Assis.

A presença da literatura é tamanha que até Shakespeare já ganhou adaptação para a telinha. O cravo e a rosa (2000), que é reprisada pela Globo, é inspirada no clássico A megera domada. A atriz Lucélia Santos foi imortalizada como A escrava Isaura (1976), inspirada no livro de Bernardo Guimarães. A mesma obra literária deu origem ao remake de 2004, na Record, e estrelada por Bianca Rinaldi. Cada vez mais, a literatura tem deixado de ser uma “pilha de livros” para assumir um lugar cativo na casa dos brasileiros.

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