Com as férias chegando, que tal aproveitar para colocar a leitura em dia? A Contracapa reuniu 10 livros essenciais para não sair de casa.
1984 – George Orwell
Clássico distópico escrito por Orwell (1903 – 1950) em 1949. O livro é considerado um dos marcos da literatura apocalíptica retratando o regime totalitarista do Partido, encabeçado pelo Grande Irmão – figura onipresente e onisciente, mas que se mantém em segredo.
A Desumanização – Valter Hugo Mãe
O livro se passa na paisagem inóspita dos fiordes islandeses. Narrado por uma menina de 11 anos que nos conta, de maneira muito especial, o que lhe resta depois da morte da irmã gêmea, o livro é feito de delicada melancolia e extrema beleza plástica.
Bonsai – Alejandro Zambra
Bonsai é a história de um amor, o de Julio e Emilia, e é a história do fim deste amor. É também uma história sobre a consciência do fim. E não apenas para Emilia e Julio, “jovens tristes que leem romances juntos, que acordam com livros perdidos entre as cobertas”, mas para nós, leitores, que na primeira linha desta história falsamente simples recebemos a notícia: “No final ela morre e ele fica sozinho”.
Submissão – Michel Houellebecq
O texto de Houellebecq reflete uma alegoria política em que a Fraternidade Muçulmana (partido fictício) assume a presidência da França após maquiar sua campanha com propostas moderadas e conciliadoras, porém, quando Mohammed Ben Abbes assume o poder sua postura se torna ultraconservadora e o islã – que significa submissão – passa a ser a religião oficial francesa. O ano é 2022.
Alice no país das maravilhas – Lewis Carroll
A saga de Alice, uma menina que segue um coelho e acaba chegando a um lugar mágico, completa 150 anos em 2015. Alice no país das maravilhas – e sua continuação Alice através do espelho e o que ela encontrou lá – figura(m) entre as obras mais emblemáticas de todos os tempos.
A Hora dos ruminantes – José J. Veiga
A Hora dos ruminantes, publicado em 1966, uma das poucas celebrações aos 100 anos de Veiga, foi um dos livros de cabeceira de um amigo célebre do escritor, Guimarães Rosa (1908 – 1967) e ganhou as graças dos mais diferentes leitores – desde o requintado e “chato” até o jovem que busca “diversão”. Se considerar que Veiga estreou na literatura aos 44 anos, a situação é ainda mais surpreendente.
O Complexo de Portnoy – Philip Roth
Quando lançado, em 1969, O Complexo de Portnoy se tornou best-seller e foi saudado como a consagração definitiva do talento de Philip Roth. A crítica, porém, teve certa dificuldade em classificá-lo. Seria “literatura séria” ou apenas humor? Não era a primeira vez na história do romance que um livro engraçadíssimo parecia uma obra importante; mas havia ao menos dois elementos que causavam estranheza.
Ficção completa – Bruno Schulz,
São dois livros de contos do autor polonês – Lojas de canela e Sanatório sob o signo da Clepsidra – e quatro contos inéditos em português. A edição traz 11 ilustrações do próprio escritor, autor também de uma extensa obra artística. A tradução, feita diretamente do polonês, é de Henryk Siewierski, professor de teoria literária da Universidade de Brasília.
A fuga de Norma com o ex-marido Guy Dupree, um típico canastrão americano, coloca Ray na pista do casal, que foge para uma cidade no México – deixando como pistas as faturas do cartão de crédito do marido traído -, é uma estaca no coração de uma sociedade conservadora (o livro foi publicado originalmente em 1979), tanto no que diz respeito à formação/fomatação da família quanto à relação entre branco & negros e norte-americanos & mexicanos.
O Incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação – de Haruki Murakami
Tazaki é o que se pode chamar de homem comum: sem nenhum grande atrativo ou defeito que se sobressaia, não passando de um ser humano ordinário. Até chegar o ensino médio não tinha grandes ambições, a não ser construir estações de trem quando “chegasse a hora”, sua grande obsessão. A vida só toma um rumo diferente quando encontra, durante atividades voluntárias, quatro jovens que, assim como Tsukuru, eram pessoas normais: Azul, Vermelho, Preta e Branca. Cada um deles tinha uma cor em seu sobrenome e passaram a se chamar por ela. Menos Tsukuru, que era incolor.