No Maracanã, Fluminense 1×1 Atlético.

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Por último, escrevi que qualquer resultado do Atlético no Maracanã, contra o Fluminense, passaria pela responsabilidade de Paulo Autuori. E foi Paulo Autuori o responsável pelo magnífico jogo que o Furacão fez. Como se fizesse uma autocrítica, deu coordenação de jogo ao time, mesmo que para isso tivesse que renunciar o seu princípio de modernidade.

A troca de bolas como elemento absoluto foi mais temperada, só usada quando era preciso. Com o princípio de conservar a defesa, usou duas, o que tornou o time solidário em funções e conexo na sua execução, virtudes ausentes em jogos fora da Baixada. Só não foi além do belo jogo e do empate, pela falta de recursos individuais ofensivos.

O resultado foi um Atlético vistoso, inteligente, que no máximo, variou de excelente para bom. Seria injusto se perdesse com o pênalti que espetacularmente Santos defendeu. Injusto pelo que o Furacão jogou e porque não houve a falta de Paulo André que, aliás, continua falhando. O lance do suposto pênalti ocorreu em razão da sua lentidão.

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Bem resumido, diante de 43 mil tricolores, o Atlético apresentou a sua grandeza. Dirão que há dez jogos não ganha fora. Só que jogou tão bem no Maracanã e o ponto que somou-lhe tanto na classificação, que quase resolveu todo o seu passado. O empate lhe deu recursos para administrar os seis pontos que precisa para alcançar a Libertadores. Ganhando do Sport, na Baixada, pode afastar o confronto direto com o Corinthians.

Hernani foi o melhor em campo.

Decisão

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É bíblico: há tempo para tudo. Inclusive para dizer que vai embora. Paulo Cesar Carpegiani teria dito que não vai mais trabalhar no Coritiba depois do Campeonato Brasileiro. Se disse, não discuto o fato como manifestação de vontade. Discuto o momento de fazê-lo. Mas teve os seus motivos, sei bem quais são. Talvez fosse preciso manifestar agora essa vontade. O futebol, às vezes, reclama atos fora de tempo.
O Coritiba joga hoje contra o Santa Cruz, no Couto Pereira. Vi ontem uma reportagem no Globo Esporte em que Kazim mais que descontraído, aparece fazendo graças. Brinca com o microfone, brinca com o português, comporta-se como se fosse comediante. Coisas, assim, fora de tempo, não deveriam ocorrer antes do jogo mais importante do ano do clube.

Um dos elementos mais importantes do belo jogo na vitória contra o Galo, foi a pressão de ter que ganhar. Resta saber se os coxas não relaxaram demais.