Para o Brasil, sobrou o Paraguai para o jogo das quartas de final da Copa América. Como freguês, já foi melhor. Nos últimos tempos, aproveitando-se da decadência do futebol brasileiro, despachou a Canarinho de duas copas América. É menos frágil que o Peru, mas sem pontos sugestivos de resistência. Sem técnica, o Paraguai é da velha escolha de ocupar espaços com o exaurimento do físico para dar o mínimo de equilíbrio. Se precisar jogar um pouco de bola, torna-se absolutamente incapaz. Um grande time vestindo a sua camisa foi raro. Talvez, o único, foi aquele que Paulo Cesar Carpegiani formou em 1998, com a geração de Chilavert, Arce e Gamarra.
Por ter essa pouca significância, os paraguaios aumentam a obrigação do Brasil. E, não é a de ganhar, porque essa está pregada no campo das imposições, pois fato contrário, irá trazer a Tite e aos jogadores uma situação de desagrado. Mas, obrigação no sentido de ganhar jogando o que, em qualquer situação, exige-se do time brasileiro.
É evidente que há que se respeitar os limites. Não se pode impôr a esse Brasil de Coutinho, Filipe Luís, Firmino, Gabriel Jesus, Miranda e Fernandinho, a mesma obrigação de jogar que era exigida às seleções de até 2002, quando a geração de Ronaldo Fenômeno alcançou a expressão máxima.
O que até agora o Brasil de Tite não mostrou é capaz de suportar o peso de obrigação de simplesmente vencer. E o público gaúcho, com aquela sua maneira separatista de que “o Sul é o meu país”, também, tem pouca paciência com a Canarinho.
Despedida
Até no encerramento de sua carreira de atleta de futebol, Paulo André está sendo especial. Em silêncio, sem aquele tradicional jogo de despedida, que acaba sendo ambientado na melancolia, o grande atleticano simplesmente parou de jogar. Inteligente, consciente de que não tem tempo a perder, aproveitou para fazer do último dia de jogador, o da transição definitiva para a nova carreira, a de dirigente de futebol.
Culto, sério, líder natural, impositivo, sem perder o respeito, fluente em inglês e francês, Paulo André tem tudo para ser o dirigente profissional que há anos o Athletico procura e não consegue encontrar.