Uma notícia que vai ficando velha; fora da Baixada, o Atlético voltou a perder. Agora, em Recife, para um fraco Santa Cruz, 1×0. E como das outras vezes, mereceu perder. Foi raso e sem pegada, foi desalinhado no e indolente, e foi arrogante ao querer se impor apenas trocando bolas laterais, como se fosse possível ganhar sem chutar a gol.

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E definitivamente esse Furacão mostrou o seu mais grave defeito: na falta de qualidade, usar a superação e compensar as suas deficiências individuais que não poucas.

Lembre-se do jogo: o Furacão primeiro se deixou dominar, usando o velho clichê de marcar no erro adversário. O Atlético, querendo ser moderno, jogou de forma ortodoxa. Com um futebol viciado, com passes de lado, sem uma jogada profunda, passou a ser dominado pelo Santa Cruz. Uma vez ou outra, no primeiro tempo, Hernani conseguia fazer uma boa jogada, que morria na incapacidade de Giovanny e principalmente de Luan, a última “descoberta” da diretoria. Sem Hernani no segundo tempo, o Furacão se submeteu por completo ao Santa Cruz. O gol da derrota, que era para sair bem antes, saiu no minuto final, como se a bola quisesse dar a dose exata do castigo que mereceu.

E não se negue a Paulo Autuori uma parcela de culpa nesses fracassos longe da Baixada. Quer padronizar um jogo técnico, com jogadores de pouca qualidade e raciocínio. Essa filosofia desconsidera a luta pelo espaço e pela bola. Nos jogos da Baixada, a pressão de arquibancada obriga os jogadores a compensar deficiências com a superação.

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Domingo é na Baixada, outra vez, contra o São Paulo, velho freguês.

Agora deve ser a vez de dar no cravo.

Lembrança

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Certa vez, Paulo Cesar Carpegiani me falou que a melhor coisa para o treinador é ter jogadores inteligentes. Parece que me falou o óbvio, mas o que quis falar é que a melhor coisa é não ter jogador pouco lúcido.

Analisados apenas os fatos fundamentais do empate com o Corinthians (1×1) é possível afirmar que o Coritiba foi vítima dessa verdade. Se Alan Santos dominasse a si próprio, não esqueceria a bola que tinha dominada para reclamar do árbitro. Mas esqueceu e Marlone fez o gol.

Daí os coxas pressionaram, empataram com Leandro de pênalti, e o jogo do Couto Pereira, que era para ser grandioso, acabou sendo um jogo cansativo, porque a tensão levou mais à disputa física do que técnica.