Querido Théo, sou Mafuz, seu avô. Ao meu lado está Eliane, a sua avó. Somos pais de Betinha, a sua mãe. Queríamos estar aí, em Montreal. Fizemos tudo para ir, mas, fomos impedidos. Quando você ler essa carta, já conhecerá das razões pelas quais o mundo, nesse 26 de agosto de 2020, era refém de um vírus mortal.
Meu neto Théo. Já falei para a tua mãe Betina e teu pai Marc, e agora, falo para você: eu estava sendo injusto com Deus. Quase perdendo a esperança de que haveria o dia seguinte, esqueci do presente divino que estava já sendo entregue: você.
E, agora, você chegou influenciando todos os nossos sentimentos, imunizando-nos contra a angústia e contra o medo. É o novo integrante de um mundo que já tem Gabriela, Leonardo, Julia e Francisco. É um mundo simples, alegre, e agora, cheio de bondosas saudades por causa de você.
Meu querido Théo, não sei como será a sua cultura esportiva. Sei o fascínio que o Canadiens, jogando hóquei no gelo, provoca em Montreal. Mas, talvez, quando você ler essa carta, já terá ouvido falar no Club Athletico Paranaense. Vestindo-se de vermelho e preto, não provoca fascínio, mas loucuras.
Meu neto Théo. Mais tarde, quando já tiver lido essa carta, talvez, você ouça muitas histórias sobre esse teu avô. Quase todas serão verdades.
Seja bem-vindo a esse mundo, Théo.
Athletico, um festival de horrores contra o São Paulo
Uma derrota é uma derrota como fato inevitável do futebol. A segunda derrota, em sequência, não deixa de ser um fato natural no futebol. A terceira já desperta suspeita. Quando vem a quarta, há uma verdade que não pode ser disfarçada.
O Athletico voltou a perder. Agora, no Morumbi, para o sofrível São Paulo, 1×0. É a quarta derrota em sequência, que pode colocá-lo em uma zona desconfortável no Brasileiro. Mais grave do que a derrota, foi a sua descompostura técnica e tática. Um festival de horrores.
Qual o objetivo do Furacão?
Se é não ser rebaixado, precisa melhorar muito.
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