1º) Sem ter conhecimento de engenharia, é no mínimo irresponsabilidade tratar como sinal de perigo os movimentos da junta do anel superior da curva da Igreja, do estádio Couto Pereira. Embora provoque uma má impressão para o leigo, é possível divulgar o fato como notícia, mas não o comentar.

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No entanto, entendo que o fato provoca uma outra questão sobre a qual a segurança estatal (ou o próprio clube) deveria intervir: enquanto durar a promoção do ‘cincão’, deve-se limitar o número de torcedores. Nenhum estádio do mundo tem a sua capacidade integral liberada. O apelo popular pelo ingresso subsidiado é tão grande, que o movimento humano pode se tornar incontrolável.

2º) Humilde, o treinador Tiago Nunes assumiu publicamente a responsabilidade pela derrota do Athletico para o Flamengo (3×2). Em resumo, considera-se culpado porque quis reforçar o sistema defensivo com Paulo André, atraindo o time carioca.

Não discuto do direito ao exercício de um gesto franciscano. Mas Tiago absorveu para si a culpa da diretoria do Furacão.

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Qualquer técnico obrigado a escalar no Maracanã contra o Flamengo jogadores do nível de Madson, Marcio Azevedo, Braian Romero, Marcelo Cirino e Tomás Andrade, não deve assumir a culpa, pois ninguém consciente irá apontá-lo como culpado.

3º) Quando tratei dos objetivos que os times paranaenses deveriam ter na Segundona, escrevi que o Paraná teria que jogar para não ser rebaixado para a Terceirona. Não foram poucos os que entenderam a alerta como uma provocação e um tratamento de desprezo.

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Agora, que não ganha há três jogos, e a cada rodada despenca na classificação, o comando do Paraná já admite o risco de queda. Quando não se protege pelo orgulho cega às evidências, desperta-se a consciência. E, aí, as soluções passam a ser possíveis.

Não é fácil a situação do Paraná. Fez um belo jogo contra a Ponte Preta e, ainda assim, tomou de 4×2.