Simples, mas nem tanto

Furacão joga pelo empate no Monumental de Núñez. Foto: Jonathan Campos

Lá atrás, ao tratar do jogo da Baixada, Athletico 1×0 River Plate, escrevi: “Se fosse possível projetar o jogo do Monumental de Núñez como uma continuidade do jogo da Baixada, não seria nenhum excesso afirmar que o Furacão “joga por um simples empate”.

A expressão foi guardada entre aspas porque um empate, em Núñez, em jogo de caráter normal, já não é simples. Quando se trata de um jogo decisivo, como o de amanhã, empatar já está próximo do extraordinário, se não estiver do impossível.

Não se trata de presumir em razão só do poder do Millonario, mas de números. Nas últimas cinco decisões que precisou reverter o resultado em Núñez, o River conseguiu e foi campeão.

Mas, o futebol não é ingênuo e, por isso, não se pode diminuir a relevância de um fato que vai orientar todo o jogo: o Furacão transferiu a obrigação de vitória para o River.

O time que não precisa vencer, desde que não esconda as suas virtudes, pode conseguir um fato extraordinário. A primeira virtude que o Athletico precisa mostrar é a consciência de que o jogo não termina aos 40 minutos do segundo tempo.

Investigação

Thiago Heleno nunca foi o zagueiro dos meus sonhos. Mas que a sua presença dava mais autoridade à defesa, nunca duvidei. A sua presença em Núñez seria importante, por tratar-se de um jogo que exigiria força.

Não lembrei de Thiago, assim, por acaso.

Há duas semanas, o dono do Athletico, Mário Celso Petraglia, reuniu e brigou com a imprensa, fez o clube confessar culpa pelo episódio do doping que excluiu Heleno e Camacho por 60 dias e disse que abriria uma investigação para serem apurados os culpados, pois a causa já está provada.

Pergunta-se: Que investigador é esse?

Sensibilidade

Vejam só o que é a sensibilidade de um dirigente. A diretoria do Coritiba anunciou que o caixa do clube só tem dinheiro até setembro de 2019.

Confesso-me surpreso. Imaginei que um clube que para atrair o torcedor cobra ‘cincão’ para os seus jogos deveria estar com ‘a burra’ cheia.