Para o Bate-boca da Tribuna, o torcedor Ricardo Soares, do Paraná escreve: “Vi duas camisas do Ferroviário por aí. Inteira vermelhas, belíssimas, o mais bonito símbolo dos clubes brasileiros no lado esquerdo do peito, símbolo até imitado por ai. Mas a logo Boca-negra é inigualável, tem no alto a “toda de trem” e “os louros da vitória”. Voltei no tempo em que o avô e mais nobre semente do Paraná Clube abrilhantava a sua presença os campos de futebol. Mas a gola é preta, aí fica um conjunto “vermelho-e-preto”, coisa que não se admitia na Vila. A gola original era branca com uma fina lista preta no meio. Fazíamos questão da diferenciação para que não fossemos confundidos”.
Analiso o belo texto de Ricardo. O primeiro parágrafo, que termina com “os louros da vitória”, é comovente. A camisa do Ferroviário, aquela toda vermelha, era de uma beleza incomparável. Por algum tempo tive uma guardada que ganhei de Madureira. No segundo parágrafo, o texto escorrega para um campo minado, misturando orgulho com certa dose de mágoa. Quando destaca que não se admitia na Vila a gola vermelha para que o conjunto não ficasse “vermelho e preto”, quer afastar qualquer comparação com o Atlético.
O torcedor Ricardo deve ainda ser feliz: não há mais perigo de comparações.
Sobras
Especula-se que o Furacão está querendo trazer Dátolo, o argentino que foi dispensado pelo Atlético-MG e que pouco jogou por seguidas contusões. Dátolo é o que o mercado de jogador conceitua como “sobra”. Era o caso na época de Lucho González. A “sobra” não exige grandes investimentos, pois é jogador sem vínculo. O que o Atlético não pode é formar um time para a Libertadores sem competir no mercado de jogadores. Se pretende competir e não enganar, obriga-se a investir.
Árbitro eletrônico
O árbitro continua fazendo das suas no Mundial de Clubes. Outra vez foi usada a televisão, outra vez o arbitro humano fez trapalhadas como no segundo gol do Real Madrid. O que era para ser recebido com seriedade, já está sendo motivo de ironia e de criticas. Não duvidem ser for criada uma nova função no futebol a ser adotada pelos clubes: fiscal do árbitro eletrônico.