O fato: quando jogava em Milão, o jogador Robinho foi acusado de participar de um crime de estupro coletivo contra uma jovem albanesa. Com base nas provas, a promotoria denunciou-o. Com base nessas provas, foi condenado a nove anos de prisão. Só não foi preso porque o contrato com o Milan obrigava-o a manter residência em Milão. Robinho nunca mais voltou à Itália por medo de ser preso. Há recurso.
O Santos contratou Robinho, sob o pretexto de que não havendo sentença com trânsito em julgado, o jogador tem o benefício da presunção de inocência.
Pelas circunstâncias do caso, tratando-se de um antigo ídolo do futebol, a questão não deve ser tratada sob o aspecto técnico-jurídico. É que o crime de estupro sendo um fato social, tem muito mais a ver com os valores sociais, na medida em que a conduta do agente, que atua como um verdadeiro predador, manipula, pela violência, em especial, a vontade da vítima, com danos irreparáveis à sua integridade física, psicológica, e o seu valor maior que é a sua dignidade. Robinho não nega que estava no local no momento do crime.
A presunção de inocência para Robinho seria um amparo constitucional, se ele fosse um cidadão comum. Mas, tratando-se de um jogador famoso, ser recebido como o “ídolo que volta”, é uma verdadeira agressão a uma sociedade que, pelos mais diversos meios, está procurando tornar a mulher menos vulnerável.
Pelas circunstâncias, como jogador, inverte-se o princípio: a presunção é a que Robinho é um condenado por estupro coletivo.
Princípios de Petraglia
O desespero levou Mário Celso Petraglia a contratar Jadson, 36 anos, para jogar no Athletico. Afirmo que esse fato é desespero porque em situação normal Petraglia recusaria a oferta sob o pretexto de se tratar de um “ex-jogador”.
Da geração de Jadson vinda do PSTC, o melhor foi Kléberson, depois Dagoberto, daí Fernandinho e, por último, Jadson.
De qualquer maneira, como as coisas andam no Athletico, com um pouco de treino, Jadson terá utilidade. Com uma bola parada e com um lançamento para Kayser, pode fazer coisa que ninguém no meio está conseguindo fazer.
Esse é o estágio que Petraglia e Paulo André colocaram o Furacão.