Com a sua alma já no Beira-Rio, onde irá decidir a Copa do Brasil com o Inter, o Athletico foi para a Baixada apenas com o seu corpo para jogar contra o Avaí, pelo Brasileiro. E, com a aquele corpo sem estética, mutilado pelo baixo nível de Pedro Henrique, Tomás Andrade, Braian Romero, Madson, Thonny Anderson e tradicional Marcelo Cirino. Resultado: provando que seus reservas são incapazes de fazer um time, o Furacão perdeu para o lanterna, 1×0.
A derrota para o Avai provou que o Athletico que irá decidir a Copa do Brasil é um time na conta do chá. Dependente de Tiago Nunes, seu treinador, tem que rezar para não precisar fazer uma reposição surpresa.
E, se vencesse o Avaí, ainda assim, seria um fato irrelevante diante da declaração do treinador Tiago Nunes: cansado no físico pela pressão da extensão de suas obrigações no CT do Caju e afirmou que pode parar por um tempo, já no Beira-Rio, porque “precisa cuidar da saúde”.
A ninguém é dado o direito de questionar a manifestação dessa vontade de Tiago. Ainda mais que é para cuidar da saúde, que sendo trânsito para a vida, é o nosso valor maior.
Mas, como analista, e conhecendo o Athletico, não me convenço de que a vontade de Tiago seja só para “cuidar da saúde”, embora seja o bastante. Provoco essa questão por não ter explicação que essa vontade seja expressada, sem nenhuma provocação, às vésperas da decisão da Copa do Brasil, na qual toda a esperança da torcida atleticana está depositada no seu trabalho. Sem Tiago, no momento, não há vida no Athético. Talvez, tenha se convencido de que é um profissional muito idealista para continuar vivendo o ambiente do CT do Caju.
Segundona
O time que se defende com Vitor Carvalho e Thalisson Kelven não precisa de adversário para perder um jogo. Na derrota por 2×1 para o Londrina, no Café, o Coritiba perdeu para si próprio. Os erros individuais foram tão primitivos, que desviaram os olhares críticos para o treinador Umberto Louzer.