O Atlético vai jogar em Itaquera contra o Corinthians, com o benefício que à essa altura do Brasileiro poucos carregam: depender apenas de si para alcançar o objetivo de jogar a Libertadores da América. E por ser o Corinthians um concorrente em estágio inferior, não joga com a obrigação de ganhar. E se perder, o que é possível, e se o Grêmio ganhar a Copa do Brasil, o que é provável, ainda, assim, os números continuam lhe dando recursos para voltar a Libertadores no jogo contra o Flamengo, que provavelmente baterá o recorde de público na Baixada.
Aqui é a hipótese objetiva em que os números devem ser considerados para projetar-se a ordem tática. Por essas circunstâncias, pode até sugerir benefícios técnicos tão grandes para o Furacão, que acaba neutralizando, os fatores campo e torcida.
Concordo: usar fatos anteriores e projetá-los para analisar o que pode ser um jogo, não passa de simples tese. Os fatos de referência já foram mais abstratos, quase inúteis. Mas o futebol se tornou tão equilibrado, de que a normalidade passou a ser a lógica decorrente dos números. Se não aparecer um elemento extra, Corinthians e Atlético farão um jogo jogado, tornando qualquer resultado lógico.
Alma colorada
Os gaúchos estão de olho no Coritiba. Os do Grêmio, em razão de um movimento pelas redes sociais com título “contagem regressiva”: contam os dias para o Inter ser rebaixado. Os gaúchos do Internacional colocando as últimas esperanças e ilusões em Paulo Cesar Carpegiani. E pedem para Carpegiani e juram amor eterno a Carpegiani.
Não precisa. Além de ser um homem e um profissional de princípios irrepreensíveis, Carpegiani tem a alma colorada. Não se pode duvidar dos sentimentos, quando alguém finca raízes em um local onde é criado, crescido e consagrado.
Ocorre que Carpegiani é técnico, e às vezes, qualquer técnico pelas circunstâncias do jogo é impedido de dar soluções. E o time do Coritiba não é confiável. É capaz de se transformar da água para o vinho, como aconteceu no Maracanã contra o Flamengo.
Será um jogo interessante esse entre Coritiba e Vitória.
Nobreza
Sei que duas ou três linhas são insignificantes para homenagear o jurista paranaense, coxa-branca dos grandes, Walter Borges Carneiro, que está fazendo 70 anos de idade. Por me ser caro, desde meus 17 anos, obrigo-me a escrever com o coração. E, aí, o número de linhas se torna insignificante.