O futebol é mesmo cheio de contradições. A impressão é a que o título da Copa do Brasil esvaziou as ambições dos atleticanos. Já garantindo um calendário milionário para 2019, em ambiente de conforto no Brasileirão, é possível usar uma antiga metáfora que o futebol oferece para a vida: até o final de 2019, o Furacão vai cumprir tabela.
Talvez, por isso, que Curitiba foi despertada para o jogo de sábado na Vila Capanema: Paraná e Coritiba irão jogar para dividir as suas águas na Segundona. E, ainda assim, a vitória de um ou de outro, acrescentará pequenas indicações positivas para o acesso. Bem por isso, é possível antecipar o juizo de valor de uma derrota: se não irá liquidar as pretensões, irá reduzi-las, porque além do impacto negativo na classificação, terá a reação da arquibancada. Não é fácil tratar com uma torcida triste que se obriga a ver a segunda divisão.
Brasil acordado
Por razões puramente ideológicas e não jurídicas, o Brasil debate a intransigência de Lula em não querer sair da prisão. Então, por ser um debate ideológico, transforma-se em conversa de botequim. Mas, nessa quarta-feira, para o brasileiro tudo será irrelevante. Depois de muitos anos, o Flamengo, contra o Grêmio, vai começar a jogar uma semifinal de Libertadores.
Titular de 22% de torcedores que gostam de futebol, vai atrair mais de 20 milhões para frente da Globo. Contra a mística do Grêmio, o Flamengo pode ser o próprio Brasil. E, aí então, não passar da mais pura ideologia.
Questões pessoais
É estranha essa crise política do Paraná. Jefferson Klipel, Fernando Geraldi e Jamil Thomaz, renunciaram à vice-presidência. Mais grave do que renunciar, é o fato motivador: questões pessoais. A renúncia teria algum valor se publicamente explicassem a razão verdadeira. Da forma como saíram, parecem uma fuga de responsabilidade.