Opinião

Para onde vão os coxas?

Giovanni Augusto fez um gol, teve outro anulado e ainda perdeu uma chance. Mas o Coritiba, como um todo, não jogou bem. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Há na gramatica de arquibancada uma figura de linguagem que diz que “um gol logo no início fez mal ao time”. Lembrei dessa hilariante figura vendo o Coritiba perder para o Bahia, no Couto Pereira, por 2×1.

Nem bem o jogo havia começado, lá estava Giovanni Augusto finalizando uma jogada de William Matheus pela esquerda, 1×0. E imediatamente depois, lá estava Giovanni Augusto deixando de marcar o segundo gol. E um pouco mais à frente, lá estava Giovanni Augusto marcando o que seria segundo, mas que o árbitro provocado pelo VAR, em interpretação equivocada, anulou.

Esses momentos brilhantes tornaram o Coritiba soberbo. Ao invés de ter a consciência de que esse domínio era produto da indolência do Bahia, pensou que era ele o virtuoso.

Bastou o técnico Mano Menezes corrigir a marcação baiana para o Coxa voltar a ser o time que é na essência: uma folha de papel sem nenhum conteúdo. Não há ordem, só atropelo. E quando começam as substituições, as coisas ficam piores, pois troca-se o ruim pelo medíocre.

Sofreu o empate, ainda, no primeiro tempo, e provocou pena de tanta fragilidade na etapa final. Sofreu o gol de Zeca em uma falha conjunta da zaga e do goleiro Wilson quando estava sob total domínio dos baianos. Daí e até o final, viu o Bahia trocar bolas e posições, como se já tivesse iniciando o treinamento para o próximo jogo.

É possível que como consolo, os coxas lembrem de que o treinador Rodrigo Santana e alguns jogadores estão isolados pelo Covid-19. Pois eu lembro que é a regra do jogo escrita pela pandemia.

Talvez, se o Coxa jogasse todas fora do Couto, iria se dar melhor como aconteceu com Bragantino, Palmeiras e Inter. Jogando no Couto, pensa que tem os fatores de campo e mando. Até tem, mas passam a ser irrelevantes, por não ter time e querer atacar.

Esse é um daqueles jogos que nos cálculos para não ser rebaixado, o torcedor coxa tinha colocado três pontos.

Falha de digitação

Na coluna “Furacão: agora, faltam sete vitórias para evitar a queda”, lembrei que em “1971”, o Atlhetico precisando ganhar sete partidas para ganhar o turno do Estadual, ganhou as sete. Não foi em 1971, mas, em 1972. Foi erro de digitação, pois se há uma lembrança forte sobre algumas sagas do Furacão, é essa do time das “sete partidas”.

Na volta de Bandeirantes, onde o Athletico ganhou a sétima partida, em cima de uma mesa de restaurante, cantei “Meu pequeno Cachoeiro”, de Roberto Carlos.

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