O futuro em um dia

Foto: Felipe Rosa.

Não ser capaz de adotar critérios e segui-los para tomar decisões, leva ao improviso. No futebol, esse equívoco, aumenta a dependência do clube ao resultado imediato de campo. O próximo jogo, então, é tratado, como se fosse o último. É o que acontece com o Coritiba. Era certo de que, com os efeitos negativos da derrota para o Paraná, a hipótese perder para o Guarani, antes do recesso, iria implicar na demissão do treinador Umberto Louzer.

Era um critério racional: o tempo passado já tornara possível avaliar que a falta de evolução do time era consequência do trabalho do treinador. E não havia argumento mais forte do que a distância que estava aumentando do grupo de classificados. Mas, aí, ocorreu a vitória (1×0) contra o Guarani, com o time jogando menos do que jogou contra o Paraná. E, se ganhou, foi porque Wilson voltou à sua fase de milagres.

Os coxas saíram de férias, mas a dúvida ficou: a referência que ficou foi a derrota para o Paraná ou a vitória contra o Guarani? Ao não implementar as mudanças previstas, a diretoria coxa provou que o critério para enfrentar uma questão, por mais importante, é o placar do dia.

O dia seguinte não existe no calendário coxa

Copa América

Contra a Venezuela, em Salvador, o Brasil deve ganhar e classificar-se. Então, tornará amistoso o jogo contra o seu único adversário razoável dessa fase, o Peru. Isso quer dizer que o time canarinho vai para a fase eliminatória sem ser testado. Diferente da Copa do Mundo, em que os campeões foram logo excluídos (Brasil, Alemanha e Argentina), o título da Copa América vai continuar sem mistério com a disputa limitando-se a Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. A Colômbia, talvez, acabe sendo uma espécie de Bélgica.

Perguntas: O Paraná vai vender Jhonny Lucas? O Athletico vai aposentar Paulo André?

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