À noite, o Furacão joga na Baixada pela Libertadores contra o Millonarios. Bem que poderia ganhar para homenagear a data que marca a vida de um torcedor, que lhe dedica amor desde criança: o Desembargador Renato Braga Bettega, que será empossado presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Há uma ligação tão forte entre os dois fatos, que é impossível dissociá-los.
O Desembargador Bettega, ou “Tato”, como é tratado em algum lugar na Baixada, construiu uma carreira baseado na humildade. De conduta pessoal irrepreensível, venceu sem padrinho, venceu sem pedir um único favor. Preferiu a antiguidade. Na frente de “Tato” estamos diante de um ser especial. As suas virtudes extraordinárias estão nas virtudes simples: a lealdade e o fabuloso, sendo de compreensão que tem com as pessoas.
Na festa do Tribunal paranaense destaco um outro vencedor como magistrado, exemplar como pessoa, o Desembargador Mário Helton Jorge, coxa e dos grandes.
E o que esperar do Furacão contra o Millonarios?
Confesso que estava mais otimista. Mas obriguei-me a tratar o otimismo com reservas, depois que Paulo Autuori colocou como uma das condições mais importantes a influência da torcida. Por que, de repente, Autuori clama pela torcida? Eu bem sei, que consciente dos limites do Furacão, sabe que é necessário buscar alguma compensação para aumentá-los. E por tradição, a torcida rubro-negra tem a capacidade de intervir na emoção do jogador.
Nem Autuori espera e ninguém pode esperar que, em condições normais, o Atlético faça um grande jogo. Não tem mais Hernani, que foi o seu melhor jogador em 2016, e o seu substituto, qualquer que seja, é incerto: é jovem como Rossetto ou experiente, mas sem boas condições, como Carlos Alberto. Nikão não joga. Thiago Heleno pode não jogar. Com Pablo e Grafite podem fazer com que o Furacão não fique tão dependente da torcida.
Talvez, seja melhor deixar o otimismo na reserva.
O futebol prova todos os dias que a incerteza pode ser usada como um componente positivo, obrigando um time a se superar.