Opinião

Petraglia enterra o Furacão

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Na Baixada, pelo Brasileirão, Athletico 0 x 1 Corinthians. Se o campeonato terminasse hoje, o Athletico estaria rebaixado. Ocorre que o campeonato não terminou e muito para ser jogado, dirão. Mas a conduta do Furacão, de Petraglia, é do time que adota o modelo perfeito para ser rebaixado: sem qualidade individual, transfere para Eduardo Barros, a responsabilidade de ordená-lo. O resultado está nos números: com o pior ataque, sem vencer há cinco jogos, o Furacão está em 18º lugar.

Não sei quem Mario Celso Petraglia quer enganar depois de ter enganado a torcida com Marquinhos Gabriel, Richard, Carlos Eduardo, Felipe Aguillar, Walter, Geuvânio, Jorginho, Pedrinho, Abner e Fabinho. Essa atuação enganosa ganha uma agravante, por especular com Eduardo Barros que, ainda, é um estagiário de treinador, sem personalidade para impor as suas ideias que, talvez, até sejam sadias.

A derrota para o Corinthians foi a prova definitiva dessa conduta desprezível de Mario Celso Petraglia. Na etapa final, empurrado pela ilusão da posse de bola e da ocupação do campo, criou uma única jogada, a que Kayzer perdeu para o goleiro Walter. Jogando contra dez, 20 minutos, mostrou absoluta falta de lucidez para chegar ao gol, o que seria até justo. Mas por não ter equilíbrio tático, os setores, ao invés de se manter em grupo, se desgarram. Já era anunciado que qualquer contra-ataque pegaria a defesa adiantada. Foi o que aconteceu para o gol de Everaldo.

A culpa é de Petraglia

Os jogadores não têm culpa, porque são o que são, com as suas poucas virtudes e grandiosos defeitos. O técnico Eduardo não tem culpa, pois é curioso que está em formação. A culpa é só de Mario Celso Petraglia, que prova a sua incapacidade quando lhe falta alguém que entenda de futebol.

A derrota de Jorginho

O futebol vive de certezas, incertezas, verdades, mentiras, surpresas e do acaso. Mas, o futebol, vive muito mais de contradições. Quando se espera que tudo aconteça, menos a vitória, ela surge carregada pelo inesperado. E, então, quando chega, para diminuir o seu impacto como surpresa, procura-se um motivo para neutralizá-la. 

Na Arena do Parque Antartica, o Coritiba ganhou do Palmeiras, 3 a 1. Há quem associe a vitória à conduta estranha do time paulista, na qual foi indisfarçável, a letargia dos seus jogadores. Se essa conduta omissiva concorreu, fato indiscutível, a sua relevância não prevaleceu sobre o excelente jogo do Coxa. Ganhou com dois gols de Robson e um de Giovanni Augusto, o melhor em campo.

E vejam só como o futebol é feito de contradições. Nessa vitória ganhou o Coritiba, os jogadores e a torcida. Teve um único derrotado: o treinador Jorginho. Contrariando todos os princípios do técnico, o Coxa jogou avançado no campo do Palmeiras. E exerceu um domínio tão consciente, que mesmo sob pressão nos minutos finais, não teve trauma para manter os 3 a 1.

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