Estamos de acordo com um fato: há 25 anos, Mario Celso Petraglia é um fazedor pelo Athletico. Mas aí, Petraglia tem que concordar com um outro fato: o Athletico não lhe deve um centavo, seja por obrigação financeira, seja por gratidão. O que fez não foi de graça e o que continua fazendo não custa barato.
O Furacão direta ou indiretamente lhe pagou e lhe paga não só como dirigente executivo e lhe dá identidade para exercer a condição de empresário de futebol. Se esse pagamento não é sob a forma salário, é por mecanismos que ele próprio cria. Não se trata de um estado ilegal, mas é o que é e não se pode negar.
Aqui, eu abro um parêntese: por mais que Petraglia tenha feito, se tivesse que se submeter a um Conselho Administrativo como o de 1995 a 2002, o Athletico, hoje, não só teria o que tem, como estaria mais rico, mais vitorioso e não teria todo o seu patrimônio indisponível por ordem judicial por uma conta de R$ 650 milhões. Fecho o parêntese.
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Agora, todos, absolutamente todos os atleticanos, têm que concordar com um fato: as questões anteriores seriam irrelevantes, se Mario Celso Petraglia não exercesse a presidência como se fosse o titular do domínio e da posse do Furacão. E, por isso, não se sentisse desobrigado a respeitar o sentimento do torcedor, dar-lhe satisfação e tomar providências quando os resultados de campo lhe provocam intenso desconforto.
Não entendo que o Athletico tenha obrigação de disputar e decidir campeonatos, e decidindo, ganhar todos os títulos, todos os anos. No futebol, isso é impossível, ainda mais, tratando-se de um clube, que por mais que tenha crescido, pertence a uma região secundária no futebol nacional.
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No entanto, não disputar e não ganhar está dentro da vida de um grande clube, fato que tem que necessariamente ser absorvido pela compreensão. Mas, essa variação bruta de comportamento como é sair de um título nacional (Copa do Brasil) para a lutar contra o rebaixamento, com forte tendência de ser rebaixado, acontecendo, é sinal de negligência e incapacidade de comando do futebol, e de desprezo ao torcedor. Uma conduta desalinhada de um ano para outro, é a prova de um estado enganoso pela qual ignora-se o orgulho de ganho do torcedor.
Petraglia precisa mudar essa situação
O que eu quero dizer é o seguinte: Mario Celso Petraglia não pode mais submeter a torcida do Athletico a essa situação. Não exercendo a função de forma gratuita, está obrigando a respeitar o sentimento do torcedor. Se tivesse o mínimo interesse de ter esse respeito, já teria mandado embora Paulo André, que causa aversão no CT do Caju, contratado um outro treinador (Tiago Nunes é questão de ponto de vista) e pago os japoneses para levantar a suspensão da FIFA e contratar reforços.
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