Depois de todo o dia de domingo reunidos, os cartolas do Coritiba tomaram duas providências: manter o gerente Rodrigo Pastana e o técnico Eduardo Barroca. E a outra exigir dos dois resultados imediatos. 

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Das duas, uma: ou eles estão brincando com coisa séria ou não sabem o que fazem. Como são sérios, concluo que os cartolas não sabem o que fazem. 

A conclusão não pode ser outra, pois não se pode exigir resultados de quem durante 24 horas teve controvertida a capacidade de direção e a responsabilidade pelos fracassos de campo.  

Pergunto: e se o Coritiba perder para o Corinthians, na Arena de Itaquera, o que é lógico e provável?  

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A incapacidade para tratar das coisas de futebol é a marca dos cartolas do G-5, do Coritiba. Se era ausente a disposição de demitir os dois profissionais, bastava exigir resultados, sem que essa providência fosse tornada pública. Ao anunciar as duas decisões, a diretoria associou uma a outra. Na próxima derrota terá que demiti-los. 

Com boa vontade, concluo que Barroca e Pastana já estão fora. Só falta saírem. Basta uma nova derrota. E digo mais: com um novo gerente e um novo treinador, nada ou quase nada irá mudar. Os estragos já estão feitos por Pastana e Samir. Em um campeonato que exige jogo a cada 72 horas, é impossível construir uma nova estrutura tática que compense as limitações individuais. 

Desgastando

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Há casos clássicos de bons treinadores serem desgastados por prestigiar certos jogadores. Temo que ocorra isso com Dorival Júnior no comando do Athletico. A insistência de manter Marquinhos Gabriel no meio campo já está alcançando a figura do treinador.

Dorival precisa entender que comandou Marquinhos quando era jovem, no Santos de Neymar e Paulo Henrique Ganso. Com Geuvânio, da mesma época, acontecerá a mesma coisa. A impressão é que o Furacão quer dar a Dorival o Santos de 6 anos atrás.