Mesmo com a decisão provisória favorável à Globo, do Desembargador Abraham Lincoln Merheb Calixto, do Tribunal de Justiça do Paraná, o cartola Mário Celso Petraglia abriu o sinal do Furacão Play para o jogo Athletico x Palmeiras. O sinal foi cortado antes dos 10 minutos. Em linguagem figurada, Petraglia deixou a torcida atleticana com o pincel na mão. Bem figurada, com o controle remoto na mão.  Irritou-a, constrangeu-a. 

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Não entro no mérito da ação em si, mas, na matéria, em tese. A Medida Provisória do Mandante não se aplica neste Brasileirão, na medida em que, a exceção do Furacão, todos os clubes tem contrato com a Globo para o PPV. O exercício do direito do mandante pela Medida Provisória não pode alcançar os contratos já firmados. O direito do Athletico não pode invadir o direito de todos os outros.

Petraglia levou uma boa lição. Ele precisa se convencer de que o Athletico, por maior que seja, não é o Flamengo; e, que a Justiça Paranaense não é a Carioca, não estando à sua disposição toda hora para conflitos sem causa. O cartola está conseguindo empurrar os atleticanos para os sites de apostas, que segundo ele, são piratas.

Seria bom se toda a torcida atleticana tivesse visto essa derrota para o Palmeiras, por 1 a 0. Iria se convencer de que o Furacão está no caminho errado. Sem o mínimo de organização tática, que torna impossível a padronização de jogo, mesmo depois de 8 meses sob o comando de Dorival Júnior, escancara-se, ainda mais, as suas limitações individuais. 

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Se existia uma boa ideia de jogo na Baixada, ela acabou quando Nikão, logo no início, saiu por contusão. Mas, posso garantir que não existia sequer uma ideia. O equilíbrio foi baseado no jogo físico, como se a bola fosse estranha para os dois times. 

O Athletico até que teve uma bola para marcar, mas que Pedrinho chutou na trave.  Teve um pênalti em Léo Citadini, que o árbitro preferiu ignorar, mesmo com a chamada do VAR.  O gol palmeirense, de Raphael Veiga, bem no final, foi casual, como é casual todo o gol em um jogo de fazenda.

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Insisto: está na hora do Athletico concluir se Geuvânio, Marquinhos Gabriel, Richard, Abner, Fernando Canesin, Carlos Eduardo e Mingotti são fracos ou estão mal ordenados. Quando Tiago Nunes assumiu o Furacão, poucos jogadores seriam aproveitados. Ordenados por Tiago, formaram o time campeão da Sul Americana e da Copa do Brasil.