O Brasileirão só é um campeonato longo quando se disputa o título. Em regra, o equilíbrio parece sempre retardar o alcance do objetivo final, embora esse (o título), acabe sendo uma consequência natural da supremacia regular.
Ao contrário, quando se luta contra a queda, o campeonato parece mais curto. Sem uma sequência de vitórias, os pontos ganhos se diluem em cada derrota. O resultado é sempre um desalento na soma dos pontos ganhos.
Essa teoria pode ser bem explicada por casos concretos que interessam essas bandas: Coritiba e Athletico perdem mais pontos do que ganham no Brasileirão. O Athletico já jogou nessa rodada e perdeu para o São Paulo, no Morumbi. Quer dizer: a vitória sobre o Coritiba foi isolada, servindo apenas para tornar menos ruim a sua campanha.
O Coritiba joga contra o Vasco, no Couto Pereira. A diferença com o Furacão não são apenas três pontos, mas, outro fato: enquanto esse se perturba em ficar na ZR, os coxas parecem que estão se acostumando.
E já que o Coritiba joga é sugestivo alertar o treinador Jorginho. Por enquanto, o time não jogou um minuto sequer mais do que jogava com Barroca. Quer dizer: quase nada. Se o time teve algum bom momento, foi contra o Bragantino, quando teve o comando de Mozart.
Voto de confiança
Sincero e publicamente, Eduardo Barros pediu um voto de confiança de Mario Celso Petraglia para receber a carteirinha de técnico definitivo do Athletico. Compreendo Barros: ainda jovem (34 anos), carrega a expectativa (uma espécie de angústia) de ser reconhecido como um profissional já formado para uma função. Mais, ainda que essa aprovação era condicionada aos resultados até o jogo em Cochabamba.
Se eu tivesse a autoridade para aconselhar Barros, diria para deixar como está. Depois das vitórias sobre o Coritiba e o Jorge Wilstermann, qualquer decisão que a Petraglia tomar será carregada de risco.
A hipótese, aqui, não é questão de um “voto de confiança”, mas, de responsabilidade em diminuir o risco que sempre tem na contratação de um treinador.