Pelo Paranaense, Athlético x Londrina, na Baixada, e Coritiba x Paraná, no Couto Pereira.
Furacão e Coxa não só devem ganhar pela lógica, como têm que ganhar pela obrigação. Se no futebol, às vezes, o dever pela lógica pode ser impedido pelo imprevisto, a obrigação, não. Dela, por tradição e por estrutura, os dois não podem fugir.
Desde que os Estaduais tiveram seus interesses técnicos rebaixados pelos grandes clubes, afirma-se que o seu título não exerce papel relevante.
Há dúvidas.
Sou daqueles que entendem que, em qualquer segmento da vida, qualquer título faz bem para o currículo. Por adotar um profissionalismo de marca, o futebol imprime relevância a qualquer fato vitorioso.
E se não fosse o bastante, há outra questão para quem nega a importância de algo que perde. Ganhar o título pode não ter nenhuma influência, mas, a perda provoca dúvidas internas e reações populares que, agora, se tornaram mais poderosas por força das redes sociais.
As exigências ao Athletico devem ser maiores. O seu futebol, sob qualquer aspecto, no empate (1×1) no jogo de Cornélio Procópio foi pinta de dúvidas técnicas e individuais. Nela, só Nikão e Santos foram identificadas.
O que não valia nada, passa a valer muita coisa para Athletico e Coritiba.
Torcida mecânica
Há quem reclame que a transmissão dos jogos do Paranaense está expondo muito a reação dos profissionais em campo. Sem torcida, o som ambiente transmite gritos, ofensas, ordens e qualquer manifestação oral.
Há que peça a torcida com som virtual, a torcida “mecânica”, segundo os espanhóis.
Tratando-se de Paranaense, o som virtual seria muito falso. Esse oferece uma aparência de espetáculo, quando o jogo na sua normalidade teria público. No entanto, o Paranaense, é um dos campeonatos do Brasil com o menor número de pagantes. No Atletiba, concordo: a torcida virtual irá representar a torcida verdadeira. Fora disso, o som ambiente é a pura realidade e contra ela não para investir.